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“As palavras no Slam são cheias de passado e carregam histórias”, disse Betto Souza

  • pauta15
  • 4 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

Atividade, realizada no dia 02 de fevereiro, trouxe um bate papo sobre o Slam da Cana, projeto que aborda a história dos cortadores de cana desde 2018 e contou com a participação dos organizadores, Betto Souza e Natália Marques Emaye, além de campeões de edições passadas



Na terça-feira, dia 02/02, foi a vez dos “slammers” Natália Marques Emaye e Betto Souza contarem a história do projeto Slam da Cana durante a atividade ao vivo nas redes sociais da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, através do 40ntena Cultural. O Slam da Cana é um campeonato de poesias autorais que acontece em Ribeirão Preto desde 2018 e é uma iniciativa poética, que visa a divulgação e propagação da palavra como objeto transformador. A atividade contou ainda com quatro ex-participantes e campeões de edições passadas do projeto: Kamila Andrade, Ton, Matheus Amaral e Lua MC.


O nome slam surgiu através dos norte-americanos e chegou ao Brasil em 2018, tomando conta das comunidades e regiões periféricas das grandes cidades. “O slam vem ganhado destaque e atraindo cada vez mais pessoas apaixonadas pela literatura falada”, disse Betto Souza que também é um dos fundadores do Slam da Cana. Segundo ele, as palavras no Slam são cheias de passado e carregam histórias dos participantes e que as batalhas, geralmente, acontecem em locais públicos. “As únicas regras que temos é que as obras devem ser autorais e a poesia deve ter, no máximo, três minutos”, explicou.


Outro ponto revelado durante o bate-papo é que para acontecer um slam é necessário ter, no mínimo, cinco poetas, para que seja possível dividir entre a primeira fase, a segunda e a final. “É impressionante o quanto esse espaço é aberto para a manifestação plural. E o quanto ele tem essa ligação ancestral da oralidade”.


Kamila Andrade, que é slammer e foi campeã em uma das edições, também esteve no encontro comentando sua experiência em ser jurada do Slam da Cana. “Não quero nunca mais ter aquela plaquinha na minha mão. Foi muito difícil escolher um vencedor porque toda poesia é boa”. Ela também explicou a importância da entonação de voz para os poetas durante a competição, exemplificando experiências que ela mesma teve quando participou de outros slams em São Paulo. “Um simples ‘credo’, pode ter diferentes entendimentos apenas pela entonação. Fui participar de um Slam na capital e a plateia gritou credo para um dos participantes: pensei que ele tinha ido bem, mas na verdade, eles estavam criticando”, lembrou Kamila.


O poeta Matheus Amaral, que também foi vencedor de uma das edições do projeto, esteve no bate-papo ao vivo e contou que a primeira vez que recitou um poema foi durante o Slam da Cana. “Depois disso comecei a fazer zines. Na final, um dos prêmios foi uma edição do Zine do Betto. Isso me motivou a investir neste tipo de obra”, comentou. Para ele, a participação no Slam da Cana o ajudou a evoluir como pessoa. “É uma busca da ancestralidade que perdemos no processo e o slam nos trouxe isso novamente. A voz é uma arte. E a arte é muito mais acessível para as pessoas”, disse.



Lua MC também compartilhou sua experiência em ter participado da 2ª edição virtual do Slam da Cana no ano passado, que teve o tema ‘A Quebrada Resiste e os Reflexos da Pandemia’. “Cada um vive sua realidade dentro da sua casa e mente. Acredito que esse tema foi muito bem direcionado, pois nos fez refletir como isso atingiu a nossa vida”. O último convidado da noite foi Ton, também vencedor e jurado de outras edições do Slam da Cana. Ele lembrou que a participação em projetos como o slam e saraus auxiliam na construção da oralidade dos participantes.



 
 
 

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