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História do Sarau do Binho foi tema de encontro da 40tena cultural



Em um bate-papo regado a muitas histórias, recordações, poesia e literatura, a cantora e compositora Kamila Andrade mediou o encontro com o idealizador do Sarau do Binho, que existe há 18 anos e é considerado um dos maiores de São Paulo


Mais um encontro cheio de histórias e lembranças aconteceu nas redes da Fundação, através do projeto 40tena Cultural, no dia 10 de fevereiro. Os protagonistas da noite foram Kamila Andrade - MC, arte educadora, cantora e compositora e Robinson de Oliveira Padia, o Binho – criador e idealizador do Sarau do Binho, que existe há 18 anos na zona sul de São Paulo, na região do Campo Limpo.


“Tudo começou com a Noite da Vela, em 1995, quando tínhamos um bar e neste encontro tocávamos vinil. No intervalo da troca dos discos, o público recitava poesia. Isso foi o embrião do Sarau do Binho que, na época, ainda nem se chamava sarau”, lembrou Binho sendo questionado por Kamila Andrade se ele se considera o pai dos saraus na região. “Nos tornamos poetas com o tempo. O espaço foi um laboratório onde um foi aprendendo com o outro, a cada encontro, sempre incentivando os participantes que por ali passavam”, completou.


O Sarau do Binho existe há 18 anos na zona sul da capital e promove a articulação e o intercâmbio de informações relacionadas às várias manifestações culturais da região de Campo Limpo. É um encontro que reúne pessoas ligadas a várias linguagens culturais, como poetas, artistas plásticos, músicos, cineastas, fotógrafos, atores e outros. “Hoje, temos formas diferentes de fazer a poesia através dos saraus e dos slams”, destacou Binho. “O conteúdo é o mesmo, porém as vias são diferentes”, emendou Kamila Andrade.


Binho lembrou ainda de como o sarau foi ganhando força e peso. “Inicialmente, a proposta era para quem estava interessado em poesia. Com o tempo, o sarau foi se formando, foi um crescimento orgânico”.


Outro projeto de Binho, uma biblioteca itinerária, também foi abordado durante o encontro on-line. Segundo Binho, após assistir a um show em 2004, ele pensou: “no dia do meu aniversário gostaria que não morresse ninguém. Era um sonho. Foi aí que tive a ideia de iniciar um projeto que estimulasse as pessoas e, então, passamos a distribuir livros na data do meu aniversário. O projeto “Não matarás nenhum brasileiro” é uma ação de distribuição de livros que incentiva o gosto pela leitura. “Um dia que não morre ninguém é uma forma de fazer um pedido mesmo. E todo ano, no dia do meu aniversário eu faço algum evento ligado à distribuição de livros.


Para conhecer mais as histórias do Sarau do Binho, o bate-papo completo está disponível no canal do Youtube da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.

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