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Isabela Lisboa abre a programação de junho sobre a representatividade LGBTQIAP+

As manifestações de 1969, nos Estados Unidos, durante o mês de junho, marcaram os movimentos LGBTQIAP+ e o surgimento de diversos eventos em todo o mundo para comemorar o orgulho e a cultura dessa comunidade. Para levantar novos debates, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto promove neste mês de junho atividades com essa temática, durante a programação da 40tena Cultural.



A primeira delas aconteceu no dia 2 de junho, com a jornalista e atriz, Isabela Lisboa que falou sobre o tema “Representatividade LGBTQIA+ nos livros, filmes e séries”. Isabela deu uma aula de cultura com várias indicações de livros e filmes e iniciou o bate-papo contextualizando a palavra “representatividade”, que para ela, é algo prático do seu dia a dia. “Existe uma função social importante da representatividade na cultura, em tornar visível o que a sociedade queria e quer deixar escondido dentro do armário”, comentou a jornalista.


“Historicamente, a representatividade tem um poder individual e coletivo de identificação. Quando uma pessoa se vê em uma história, filme ou série, se sente mais fortalecida e no direito de exercer o direito à liberdade de ser quem é”, detalhou.


Isabela compartilhou diversos acontecimentos históricos que contribuíram para a representatividade da comunidade LGBTQIAP+ na cultura, como o primeiro romance lésbico, publicado em 1928, “O Poço da Solidão”, de Radclyffe Hall. “Nessa obra, a personagem principal passa, do começo ao final da história, por um processo bastante doloroso de descoberta. Na década de 1920, isso ainda era algo muito sofrido, mas ela só se sente bem vendo pessoas iguais a ela”, explicou.


A jornalista, que já atuou em nove curtas-metragens de ficção, entre eles, o “Apartamento”, de 2017, que tem mais de 2 milhões de visualizações no canal do YouTube, citou também algumas produções no audiovisual. Segundo ela, o primeiro beijo entre dois homens aconteceu em 1927, em um filme chamado “Asas”. Já entre duas mulheres, ocorreu quatro anos depois, em 1931, com o longa alemão “Senhoritas em Uniforme”. “Um filme que foi lançado em plena ascensão nazista e, obviamente, foi muito perseguido e censurado, com várias cópias queimadas. É um filme polêmico por duas coisas: mulheres se beijando e um romance entre professora e aluna”, comentou.


Em 1999, surgiu a série que representa o universo gay “Queer as Folk”. Já em 2004, a série sobre o universo lésbico, “The L Word”, entrou no ar. “É curioso, porque a série, por ter um tempo de tela maior, permite que você se aprofunde um pouco mais na vida das personagens e no cotidiano, como o que elas fazem, além de serem lésbicas e gays”, ressaltou.


Isabela destacou ainda que nos anos seguintes, as produções ganharam qualidade e quantidade de conteúdo cultural da comunidade LGBTQIAP+. “Conseguimos ver que, embora algumas problemáticas ainda apareçam, existe uma tentativa de acertar a partir dos anos 2000. Com isso, as histórias ganham mais profundidade”, afirmou.


Para conferir na íntegra este bate-papo e saber de todas as dicas de Isabela Lisboa, o link está disponível no início do texto 👆🏻 e também em nosso canal do Youtube.

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