top of page

24ª FIL é aberta no Theatro Pedro II com espetáculo sobre o tempo, homenagens e grandes nomes da literatura

Cerimônia reuniu apresentações musicais, encenação sobre passado, presente e futuro, além de homenagens a Djamila Ribeiro, Matheus Arcaro, André Luís Oliveira, Hugo Cagno e Luiz Galina

Djamila Ribeiro (Foto: Sté Frateschi)
Djamila Ribeiro (Foto: Sté Frateschi)

O Theatro Pedro II foi palco, na noite desta sexta-feira (15), da abertura oficial da 24ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto). Com o tema “Futuros possíveis: entre linhas e parágrafos”, a cerimônia reuniu música, teatro e literatura, trazendo ao público uma experiência poética e reflexiva sobre a relação entre passado, presente e futuro.


A noite começou ainda na Esplanada do Pedro II, às 18h30, com show do trombonista, cantor e compositor Josiel Konrad, na Tenda Sesc Senac. Às 19h, o Coral da Unaerp recebeu o público no hall do Theatro Pedro II. Logo depois, às 19h30, teve início o espetáculo interativo no palco principal, com a participação dos corais Unaerp, Alma (Academia Livre de Música e Artes), Som Geométrico (AEAARP) e Madrigal Revivis (USP).


No palco, os personagens Presente, Passado e Futuro dividiram a cena com corais e bailarinos em uma performance que simbolizou a força da imaginação e do livro como espaço onde os tempos se encontram. A dramaturgia contou com a participação dos atores Gracyella Gitirana, Joubert Oliveira, Igor Lourenço, Marisol Gallo, Caio Vinicius, Maria Helena Ramos e Palmira Souza com seus filhos, que deram vida ao espetáculo interativo da noite.


Protagonismo no palco


Dulce Neves, Edgar de Castro e Adriana Silva (Foto: Sté Frateschi)
Dulce Neves, Edgar de Castro e Adriana Silva (Foto: Sté Frateschi)

A condução da cerimônia contou com a participação de Edgard de Castro, vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, que destacou a relevância da Feira como espaço de encontro entre gerações e pensamentos. A abertura foi marcada por homenagens a personalidades ligadas à cultura e à literatura. A filósofa e escritora Djamila Ribeiro, que além de ser homenageada pela 24ª edição da FIL, recebe simultaneamente o título de cidadã ribeirão-pretana na Câmara de Vereadores da cidade, neste sábado (16), destacou a emoção de retornar à cidade. “Toda vez eu brinco que é só a FIL me chamar que eu venho. É muito emocionante estar aqui, saber que tantos estudantes estão lendo nossas obras no projeto Combinando Palavras. Pensar futuros possíveis é também pensar na ancestralidade e minha obra dialoga com isso”. Ao final, ela expressou que receber o título de cidadã de Ribeirão Preto é uma alegria enorme.


O autor ribeirão-pretano Matheus Arcaro, também homenageado, refletiu sobre o papel da arte. “A literatura não serve para nada – e é justamente aí que reside sua força. Diferente da ciência ou do mercado, que precisam servir, a arte nos oferece liberdade. A poesia é rebeldia, é um instrumento de educação crítica e integral. Por isso incomoda, por isso transforma.”


O autor infantojuvenil e também ribeirão-pretano André Luís Oliveira lembrou sua própria trajetória de leitor e educador: Visitei a FIL como estudante e fiquei deslumbrado. Vinte e quatro anos depois, volto a este palco como escritor homenageado. São momentos como este que mostram que algumas escolhas da vida foram acertadas”, avaliou.


Hugo Cagno Filho e Maurilio Biagi (Foto: Barbara Santos)
Hugo Cagno Filho e Maurilio Biagi (Foto: Barbara Santos)

O patrono da edição, Hugo Cagno Filho, ressaltou o papel transformador da cultura. “Ao longo da minha trajetória, aprendi que não há desenvolvimento sustentável sem educação e cultura. É a cultura que dá sentido aos nossos avanços, que equilibra a energia da economia com a energia das ideias”, expressou.


Já o diretor do Sesc, Luiz Galina, reforçou a inspiração que deu origem ao tema da Feira: “Domenico De Masi escreveu, dez anos atrás, o livro 2025 - Caminhos da Cultura no Brasil, obra em que explora diversos aspectos da cultura brasileira, incluindo suas matrizes, identidade e singularidades. O livro aborda a cultura brasileira de forma ampla e colaborativa, com diversas vozes contribuindo para a discussão. Esse futuro chegou. Cabe a nós fazer dele um país mais justo, menos desigual, que valorize a diversidade e respeite nossa história.”

Adriana Silva, Luiz Galina e Dulce Neves (Foto: Sté Frateschi)
Adriana Silva, Luiz Galina e Dulce Neves (Foto: Sté Frateschi)

Cidade anfitriã


O prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva, falou sobre a importância do evento para a cidade e para a formação de novos leitores: “A FIL é um orgulho para Ribeirão Preto. Uma festa que não apenas celebra os livros, mas que também reafirma a educação e a cultura como caminhos para o desenvolvimento social. É uma honra abrir mais uma edição desta Feira que já faz parte da identidade da nossa cidade.”


Literatura como ponte 


Ao lado dos autores e artistas, as falas poéticas das representantes da Fundação do Livro e Leitura marcaram o tom da abertura. A curadora da FIL e vice-presidente da Fundação, Adriana Silva, destacou o sentido coletivo da proposta: Futuros possíveis não se regem a ferro e fogo, eles se orquestram: voz por voz, silêncio por silêncio, olhar por olhar. Em um coro como na vida, o som do outro nos atravessa, e o que se faz juntos é sempre maior do que o que se pode fazer sozinho. O maestro não é o centro: é o sopro que lembra que todos têm lugar. É a batuta invisível que traduz a esperança em movimento”, afirmou.A gestora executiva da Fundação, Priscilla Altran, trouxe a metáfora do coral para refletir sobre diversidade e diálogo: “O coral é o milagre do diverso. É onde o agudo encontra o grave, onde o breve encontra o longo, onde a diferença vira harmonia e não ruído. Assim também queremos nossos futuros: abertos, plurais e em constante diálogo. Cada voz é necessária para que a música da vida se realize em toda a sua potência.”


Encerrando a noite, Dulce Neves, presidente da Fundação do Livro e Leitura, deixou a mensagem final: “Futuros não se esperam: se escrevem, na folha em branco da coragem, na tinta viva da esperança, na arte infinita da imaginação. Que esta Feira seja sopro, solo e sol. Sejamos sementes do amanhã, tecendo futuros com a linha invisível dos sonhos.”


Agenda continua até o dia 24 de agosto


As atividades da 24ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL) tem início, neste sábado (16/8). Trata-se de intensa programação cultural e literária, reunindo autores da cena nacional e internacional, além de oficinas, lançamentos, contações de histórias e apresentações musicais. Desde as primeiras horas da manhã, a Praça XV de Novembro, o Theatro Pedro II, a Biblioteca Sinhá Junqueira e outros espaços parceiros recebem um fluxo de atividades para públicos de todas as idades.


A programação completa da FIL 2025 está disponível no site oficial da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto: www.fundacaodolivroeleiturarp.com 


A realização da FIL conta com a parceria da Prefeitura Municipal por meio das Secretarias de Governo, Casa Civil, Educação, Cultura e Turismo, Infraestrutura, Meio Ambiente, Esportes, Fiscalização Geral e Saerp; do Ministério da Cultura do Governo Federal, da Secretaria Estadual da Cultural, Economia e Indústria Criativa, Sesc e Senac.


 
 
 

954 comentários






botao_fixo.png
logo.png
  • Instagram
  • Facebook
  • Preto Ícone LinkedIn
  • Twitter
  • YouTube

Rua Professor Mariano Siqueira, 81

Jardim América - Ribeirão Preto SP

Fale conosco

Telefone: (16) 3900-0284 | 3911-1050

WhatsApp: (16) 98201-2389

contato@fundacaodolivroeleitura.com.br

Horário de Funcionamento

De segunda a sexta, das 9h às 18h

*Consulte nossos horários especiais de funcionamento durante a Feira Internacional do Livro e demais eventos.

Receba nossa News e fique por dentro de todos nossos eventos e notícias

Obrigado pelo envio!

bottom of page