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Encontro com Adriano Fromer e Daniel Lameira abordou bastidores da Editora Aleph

Encontro on-line com os escritores abordou, durante um bate-papo descontraído e bem humorado, a história, o surgimento e algumas curiosidades da Aleph, considerada uma das maiores editoras de ficção científica do país




Na quarta-feira (27/01), aconteceu mais uma atividade da 40tena Cultural, programação online da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão e Leitura de Ribeirão Preto. A transmissão foi exibida nas redes sociais e plataforma oficial da entidade. Dessa vez, o papo foi sobre “Uma velha utopia: Editora Aleph”, que reuniu Daniel Lameira, cofundador e publisher da Antofágica e editor da Aleph, e o CEO da Editora Aleph, Adriano Fromer - os responsáveis pela condução de uma conversa bem humorada e descontraída sobre o passado, o presente e o futuro da editora.


Adriano Fromer iniciou a conversa com um resumo de como foi o início do trabalho da editora e lembrou de sua primeira recordação, ainda criança: a Aleph começou como uma escola de informática com computadores da época, com o nome de Urânia. “Lembro de ir lá e ver um pessoal circulando e também em trabalhar etiquetando cartas. Eram de 4 a 5 mil cartas”, relatou. Mas a ficção científica só entrou mesmo na vida do empresário nos anos 90, quando o escritor começou a publicar títulos desse gênero literário, por incentivo de seu pai. “Antes só tínhamos livros de informática”.


Foi em 2000 que Adriano Fromer assumiu, de fato, a editora. Após trabalhar em áreas de marketing, produção e edição de vídeo, o empresário decidiu investir no negócio da família. O primeiro livro editado era sobre turismo e ensinava os brasileiros a viajarem para o exterior. “Eu tinha acabado de voltar ao Brasil. Durante um ano, vivi na Austrália, Inglaterra e Itália. Isso me ajudou na hora de editar. Foi quando minha mãe me convidou para trabalhar na Aleph”.


A ficção cientifica veio tempos depois. Inserido nesse universo pelo pai, um grande fã do estilo, o empresário revelou que a editora investiu nas publicações após receber um feeling do mercado editorial. Foi nessa época que alguns grandes títulos do estilo, Neuromancer e Laranja Mecânica, não estavam mais sendo publicados por outras editoras. “Comecei a ficar espantado como esses livros não estavam no radar de nenhuma editora”, mostrou Adriano Fromer.


Daniel Lameira também recordou de um momento considerado como uma mudança de ares da editora: o lançamento da edição de luxo do livro ‘Laranja Mecânica’, de Anthony Burgess. Foi neste momento que a editora, segundo Lameira, passou a ser referência na área. “Temos um DNA inovador, de fazer aquilo que não estão fazendo. Então, chamei um designer - que não fazia capas de livros - para fazer a capa dessa edição de luxo”, revelou Fromer.


“Foi quando passamos a tratar o livro não só como um objeto de leitura, mas também como algo colecionável. Hoje, a prática se tornou algo comum, mas fomos pioneiros”, comentou o empresário. Segundo ele, existia um mantra na época que dizia que ficção cientifica não vendia e, talvez por isso, muitas obras foram excluídas do radar das editoras. “A ficção científica ser algo legal é muito recente. É uma literatura de vanguarda e de gente bem-informada. Antes era coisa de nerd, não havia jornalistas e influenciadores que liam esse estilo. Hoje, o cenário mudou bastante”, concluiu.


O bate-papo completo está disponível no canal do Youtube da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.

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