“Francisco, El Hombre” agita a FIL na noite de sábado
- pauta15
- 4 de ago de 2024
- 5 min de leitura
Com apresentação vibrante para casa lotada, grupo abriu a agenda de shows noturnos da 23ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, em dia que teve também Carlos de Assumpção comandando sarau e encontros literários com Ignácio de Loyola Brandão, Amara Moira e a escritora portuguesa Isabel Rio Novo

As cadeiras foram desnecessárias na sala principal do Theatro Pedro II para o show “Francisco, El Hombre toca Novos Baianos”, que encerrou a noite de sábado (3/8) na 23ª FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto. Em uma apresentação contagiante, regada à energia potente do início ao fim, a banda entregou sua homenagem a “Acabou Chorare”, álbum clássico do grupo Novos Baianos.

Durante pouco mais de uma hora, Juliana Strassacapa, Andrei Kozyref, Helena Papini e os irmãos Sebastián e Mateo Piraces-Ugarte envolveram o público com releituras vibrantes de canções como “Eu ia lhe chamar”, “Preta, Pretinha”, “Besta é Tu” e “Acabou Chorare” - momento mais poético do show -, e “Brasil Pandeiro”, que abriu a noite em ritmo de bis, anunciando a festança de tropicalismo, rock psicodélico, batucada e ritmos latinos - mistura que define o som da Francisco, El Hombre. Ao convite de alegria e celebração da música brasileira, a plateia - que lotou a parte térrea e os espaços centrais do primeiro e segundo andares da sala principal do teatro -, respondeu em pé, cantando e dançando junto. Os intérpretes de Libras levaram a latinidade baiana para a tradução, temperando esse importante trabalho com diversão e muito alto astral.

Debates literários
Durante a tarde, três debates literários movimentaram o sábado. Na Tenda Sesc, a escritora e ativista Amara Moira, doutora em Teoria Literária, e o advogado Renan Quinalha, consultor da Comissão Nacional da Verdade para assuntos de gênero e sexualidade, receberam o público numa conversa-troca em torno do livro “Direitos LGBTI+: novos rumos da proteção jurídica”. Amara e Renan abordaram questões diversas, como criminalização da LGBTFobia, direitos fundamentais, avanços e inseguranças legislativas, entre outros temas. “Temos uma década de reconhecimento de direitos e séculos de opressão, exclusão, marginalização e perseguição da população LGBT+. Para além de decisões positivas do Supremo Tribunal Federal, é importante caminharmos para uma legislação protetiva própria para essa população”, ressaltou Quinalha. “Vivemos no Brasil o paradoxo de termos conquista de direitos e aumento da violência por LGBTfobia. Assim, é importante celebrar decisões importantes, mas sem arrefecer a luta, que precisa ser contínua”, destacou Amara Moira.

Lançamento inédito no Brasil
No auditório da Biblioteca Sinhá Junqueira, a escritora portuguesa Isabel Rio Novo, convidada do Salão de Ideias Internacional, falou sobre seu processo criativo com a literatura e fez o lançamento de “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte: biografia de Luís Vaz de Camões”, seu novo livro. Durante cinco anos, Isabel se dedicou a pesquisas sobre a vida de Camões, incluindo visitas a diversos locais onde o poeta português esteve e/ou viveu, e que influenciaram sua escrita. “É impressionante como uma pessoa que teve grandes aflições, grandes sofrimentos e grandes dificuldades, como Camões teve, ter conseguido escrever, no século 16, uma obra como “Os Lusíadas”, provavelmente, a obra de uma vida. Certamente, ele poderia ter ido muito mais longe se tivesse tido um acompanhamento direcionado, como Shakespeare teve”, enfatizou Isabel, que aceitou o pedido do público e declamou um soneto de Camões. No ano do 500º aniversário de nascimento do poeta português, a romancista lançou a biografia em Portugal no mês de junho e trouxe para a FIL a primeira apresentação da obra no Brasil.

Envelhecer
Em sua já tradicional e aguardada participação na FIL - ele vem desde a primeira edição, realizada em 2000 -, o escritor Ignácio de Loyola Brandão esteve na Biblioteca Sinhá Junqueira para falar sobre um tema inevitável aos 88 anos de vida, mesmo tendo se tornado um “imortal” da Academia Brasileira de Letras: o envelhecimento. “Me perguntaram qual o segredo para se chegar à velhice. Para mim, é viver e fazer aquilo que gosto, que é escrever. Não sei fazer outra coisa. Pode ser que um dia eu nunca mais escreva, mas vou sentir muito. Hoje sei que sempre tem alguém, em algum lugar, de dia ou de noite, que encontra um texto meu, e isso me deixa menos solitário”, afirmou.
O escritor antecipou ao público da FIL que está iniciando a escrita de um romance sobre o envelhecimento, mas que, desta vez, o processo tem se mostrado diferente. “Eu sempre comecei meus romances com uma ideia clara do personagem principal, do início e do final da história. Mas agora, venho construindo a história. Tem horas que travo, mas sei que vou destravar. Não quero um livro clichê, como aquelas plaquinhas do velhinho com uma bengala nas vagas dos estacionamentos”, disse com seu bom humor característico.
Sem parar de gritar

O Espaço Ambient de Leitura, na Esplanada do Theatro Pedro II, ficou lotado para o Sarau Protesto, criado pelo escritor Carlos de Assumpção, 97 anos, que por meio da poesia, da música e da arte, levanta a bandeira por melhores dias e igualdade social para a população preta. “O país precisa entender que ele não anda sem o povo preto. O Brasil também é meu, eu ajudo em sua construção desde quando ele nasceu. O racismo não é bom para ninguém. Nem para os negros, nem para os brancos e nem para a sociedade”, declarou Assumpção.
Também homenageado nesta edição da feira, Assumpção conduziu o sarau e leu alguns de seus poemas, como “Protesto”, que batizou o evento e tornou o escritor reconhecido como uma das mais importantes vozes da literatura preta brasileira: “Mesmo que voltem as costas às minhas palavras de fogo, não pararei de gritar. Não pararei. Não pararei de gritar (...)”. Mais uma vez, o grito de Assumpção ecoou forte na 23ª FIL.
Equilíbrios diversos

Uma das atividades infantis mais concorridas do dia, o ator circense Fábio Brasileiro (Projeto Angá) reuniu famílias na Oficina de Circo, oferecida no Estande da Prefeitura, na Praça XV de Novembro. A proposta de interatividade foi abraçada pelo público e as crianças descobriram, aprenderam e se divertiram com as diferentes atividades de malabarismo circense. “Diferente de outras oficinas, tivemos grande ajuda dos pais aqui na FIL. Optamos por ensinar os pais a supervisionarem as crianças, entrando junto na brincadeira. Foi uma experiência muito legal e divertida”, festejou Fábio Brasileiro, lembrando que o malabarismo trabalha vários temas da vida. “Da questão da ansiedade, que você precisa respirar, à condição do corpo, de precisar estar relaxado para a execução do malabarismo, passando pelo equilíbrio de lateralidade: tudo está ligado à nossa vida em diversos pontos”, salientou o artista.
Sessão Homenageado
O autor local homenageado desta 23ª FIL, Perce Polegatto, falou sobre “A escalada impiedosa da literatura”, durante encontro no auditório Meira Junior. O escritor lembrou como as tragédias humanas inspiraram obras memoráveis. “As coisas ruins da humanidade geraram as melhores obras literárias. O suicídio aparece em ‘Romeu e Julieta’, em ‘Madame Bovary’, ‘Crime e Castigo’, de Dostoiévski. As guerras inspiraram ‘Ilíada’, de Homero. E o próprio ‘Os Lusíadas’ é um livro sobre guerras. A corrupção aparece em ‘Dom Quixote’, quando Miguel de Cervantes usou sua vivência como trabalhador em um estoque de grãos onde, sem fiscalização, era fácil desviar o produto e a verba pública. Ele foi preso por isso e escreveu boa parte do livro na cadeia”, exemplificou Perce.

Organizada e realizada pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, a 23ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto segue até o próximo domingo (11/08), e a programação completa pode ser acessada em www.fundacaodolivroeleiturarp.com.






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