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Livro resgata a história por trás dos cafezais paulistas


Adriana Silva, Sandra Rita Molina e Lilian Rosa

Para além de variações de grãos, tipo de solo e temperatura da região de plantio e modos de preparo, a produção cafeeira na região de Ribeirão Preto foi testemunha de mudanças e transformações sociais, que alinhavam a história cultural de cidades formadas a partir dos seus carreadores. E, as novas realidades nascidas e fortalecidas pelos ventos que assopraram para fora das lavouras de café e circundavam a cidade são a base da pesquisa realizada pela jornalista Adriana Silva e pelas professoras Lilian Rosa e Sandra Molina na produção do livro “Sem pedir licença: a modernidade invade os cafezais paulistas”, lançado na 21ª FIL, no dia 26 de agosto.

Durante oito meses, as autoras realizaram um extenso trabalho de pesquisa, leitura e entrevistas para contextualizar em artigos temáticos as mudanças e transformações sociais que a modernidade impôs a um sistema que vivia em torno da produção cafeeira, com todos os seus desdobramentos de relações entre as pessoas. “Modernidade é um processo que chega e se instala sem pedir bênção, com reflexos que se espalham e se apoderam das novas formas de configuração econômica, social e cultural da população”, explica Lilian Rosa.


Lançamento livro "Sem Pedir Licença"

O trabalho, localizado entre a virada do século 19 até as décadas de 1950 e 60, oferece uma leitura envolvente sobre aspectos históricos que pontuam a vida contemporânea em Ribeirão Preto e municípios vizinhos, identificados no mapa como fortes produtores de café no Estado de São Paulo. “Conforme a modernidade se impõe, tudo vai se misturando, tanto no conceito, como na prática: gastronomia, arquitetura, religiosidade, produção artística, festas populares. Além de novas configurações sociais, essa mistura dá conta do que somos hoje. E muita gente não sabe e não conhece isso”, destaca Sandra Molina.

O livro faz o leitor perceber que, tão importante e vital como era o movimento das peneiras altas para limpar os grãos de café e preservar sua qualidade, o conhecer, saber, compreender e ter orgulho de onde se vem é fundamental para o processo de cuidado e preservação histórico-cultural. “Em Ribeirão Preto e região, temos valores e uma história que nenhum outro grupo tem. Isso é especial e ter essa consciência gera o cuidado para que estátuas não sejam depredadas, casas não sejam destruídas e tesouros como a arte de Benedito Calixto na Catedral sejam preservadas, assim como as festas e a religiosidade dos pretos. É uma cidadania que se constrói com amor no processo de educação e que traz empoderamento ao ribeirão-pretano. Essa é a ideia e a intenção do livro: que os leitores tenham orgulho de onde vieram e de sua história, e cuidem dela com amor”, arrematou a professora Sandra.

A obra conta também com pesquisa de Helena de Oliveira Rosa; prefácio da jornalista Dulce Neves; revisão de Viviane Gomes Drigo Alves; projeto gráfico de Rita Corrêa e impressão de São Francisco Gráfica e Editora. Esta edição conta com o patrocínio da Usina Alta Mogiana e integra o Projeto Plano Anual 2020: Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Código 29106, do ProAC ICMS – Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Todos os direitos desta edição estão protegidos pela Lei 9.610/1998 e reservados à Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto. O livro está disponível em versão PDF no link e também foi distribuído em escolas da região e instituições educativas.

Realização


Ministério do Turismo, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Usina Alta Mogiana, GS Inima Ambient e Fundação do Livro e Leitura apresentam a 21ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL).

Patrocínio Diamante: Usina Alta Mogiana e GS Inima Ambient. Patrocínio Ouro: GasBrasiliano e Savegnago. Patrocínio Prata Passalacqua, Premier Pet, Pedra Agroindustrial, Ribeirãoshopping, Riberfoods, Usina Vertente,Tereos e Vittia. Patrocínio Bronze: Supermercados Gricki, MazaTarraf, Tracan, Santa Helena. Patrocínio: Madeiranit, Usina São Martinho, Tarraf. Instituição Cultural: SESC. Parceria Cultural: Fundação Dom Pedro II – Theatro Pedro II, Alma – Academia Livre de Música e Artes, Biblioteca Sinhá Junqueira, Centro Cultural Palace, Instituto do Livro, CUFA, A Fábrica, IPCCIC – Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais, Teatro Municipal de Ribeirão Preto, AbaCare, Associação de Surdos, CAEERP, FADA, Fundação Panda, Ribdown, SOMAR. Apoio: ACIRP, Base Química , Cenourão, Combustran, DTEK, Durati Distribuidora, Lopes Material Rodante,Molyplast, Mialich supermercados, Santa Emília, Transmogiana,Tonin, Vantage – Geo Agro, ViaBrasil, Coderp, Transerp, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Secretaria de Cultura e Turismo, Secretaria de Educação, Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Infraestrutura. Apoio Cultural: Convention Bureau, Colégio Marista, Diretoria de Ensino – Região de Ribeirão Preto, ETEC – José Martimiano da Silva, Educandário, SESI, Barão de Mauá, Centro Universitário Moura Lacerda, Unaerp, NW3, Grupo Utam, Monreale Hotéis, Painew, Verbo Nostro Comunicação Planejada e Instituto Unimed.

Sobre a Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto


A 21ª edição da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL), aconteceu de 20 a 28 de agosto, com a proposta de reflexão sobre o tema “Do Caburaí ao Chuí: a força da Literatura Brasileira”, proposição que embasou todas as mais de 200 atividades e debates do evento. Salões de ideias, conferências, palestras, mesas-redondas, oficinas, shows, espetáculos infantis, performances, contações de histórias, saraus e projetos educacionais, entre outras atividades – todas gratuitas.

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