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  • Palestra reúne quase 400 estudantes em São Joaquim da Barra

    No dia 5 de setembro (quinta-feira), 390 estudantes do 6º ano, 9º ano e 1º colegial da Escola Genoveva Vieira de Vitta, em São Joaquim da Barra, participaram da palestra “Transformando realidades: como adolescentes podem enfrentar o bullying e lidar com o racismo”, com a psicóloga Hellen Damas Martins. A atividade foi realizada em parceria com a Usina Alta Mogiana. A psicóloga conversou com os jovens sobre os temas da palestra – bullying e racismo – de maneira prática, sem entrar apenas na teoria. “Trouxe essas questões para a realidade deles e, em seguida, tivemos uma dinâmica: sempre colocando-os em situações que os façam refletir sobre as temáticas”, disse a psicóloga explicando que foram duas palestras diferentes: para os mais novos, do 6º ano, com uma abordagem um pouco mais sutil e para os mais velhos, o foco foi mais no futuro, conscientizando-os sobre a responsabilidade das ações que tomarão quando adultos.

  • Sarau Literário abre programação cultural de setembro

    A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto deu início à sua programação cultural de setembro com o Sarau do Grupo de Médicos, Escritores e Amigos Dr. Carlos Roberto Caliento, que ocorreu no dia 4/9, na sede da entidade. O evento atraiu um público diversificado, incluindo escritores, leitores e artistas de diferentes expressões culturais.   A noite foi marcada por apresentações literárias, reflexões sobre o poder da palavra escrita e momentos de interação artística, destacando-se como um ponto de encontro para os apreciadores da cultura local. “Apesar da diversidade cultural, nosso grupo é o único em Ribeirão Preto que se dedica prioritariamente à literatura. É uma turma que apoia diversas pessoas que antes não escreviam e passaram a escrever, ou que eram leitores ocasionais e agora leem com mais frequência,” explicou Nelson Jacintho, coordenador do grupo, escritor e médico.

  • Cerca de 300 crianças participam de Contação de História em São Joaquim da Barra

    No dia 17 de agosto (sábado), as crianças do clube de serviço Lions Clube Internacional,  de São Joaquim da Barra, participaram da contação de histórias “Túlio e Tilo em uma aventura pelas histórias de Maurício”. A atividade fez parte do evento “Criança Feliz”, realizado pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto em parceria com a Usina Alta Mogiana. Cerca de 300 crianças e jovens, de 6 a 15 anos, além de alunos da APAE da cidade, estiverem na ação.   A interpretação da história ficou por conta do Grupo Urutal de Teatro Experimental (G.U.T.E.) que aproveitou a data para celebrar o dia do artista de teatro da melhor forma.   Confira as imagens:

  • 23ª FIL reúne 250 mil visitantes

    Com mais de 400 atividades abertas e gratuitas, a 23ª edição da FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto) contou com o público da cidade e de diversas regiões do País e a participação de mais de 260 autores, com participações internacionais A 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto) terminou neste domingo, 11 de agosto, registrando um público de 250 mil pessoas durante 11 dias de realização. A abertura da feira aconteceu no dia 1º de agosto e a programação diária, de 2 a 11 de agosto, foi oferecida em 19 locais da cidade , como Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Centro Cultural Palace, Biblioteca Sinhá Junqueira, Sesc, Esplanada do Theatro Pedro II, Praça XV de Novembro, Edifício Diederichsen, Teatro Bassano Vaccarini e Museu Casa da Memória Italiana. Neste ano, o tema que movimentou os debates nos mais variados formatos foi "Cotidianos poéticos: Do épico de Camões às batalhas de rua". Com essa abordagem, a programação da FIL propôs um   exercício analítico sobre os desdobramentos da literatura e da humanidade nestes 500 anos de história . A agenda propiciou encontros com mais de 260 autores e mais de 400 atividades como salões de ideias, conferências, palestras, bate-papos, mesas-redondas, espetáculos musicais e teatrais, oficinas, contações de histórias, exposições, saraus, performances, entre outras. Durante a 23ª edição da FIL, a Praça XV de Novembro contou com 42 estandes, sendo 21 comerciais e 21 institucionais, o que movimentou a venda de livros no valor estimado em quase R$ 1 milhão, sendo R$ 482 mil oriundos da distribuição de cheque livro aos estudantes, liberados pelo Governo do Estado de São Paulo.   Passaram pela feira, cerca 30 mil alunos e, destes, mais de 16,5 mil foram contemplados pelo benefício em vale livros estimulando a prática da leitura e o gosto pelo livro.    Já o projeto "Combinando Palavras" atraiu cerca de 9 mil crianças e jovens das redes municipal, estadual, particular, e de outras instituições de ensino de Ribeirão Preto e região. “Terminamos essa edição com a certeza de ter apresentado uma feira alegre, plural, participativa e muito comprometida com a qualidade dos debates. Saímos energizados para a próxima”, comenta a curadora da FIL e vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Adriana Silva.   Economia criativa em alta Anualmente, a FIL é um exemplo de engrenagem que movimenta a cadeia cultural e de economia criativa do país. A programação da Feira reuniu mais de 150 artistas, incluindo músicos, cantores, atores e contadores de histórias. A 23ª edição da Feira também concentrou mais de 300 profissionais entre colaboradores da área técnica e de serviços em funções diversas como apoio (limpeza, bombeiros civis, seguranças e carregadores) e produção extra, além de mais de 100 monitores (contratados e voluntários) que, juntos, garantiram a realização e funcionamento do evento. Segundo a organização, o evento movimentou cerca de R$ 5 milhões na economia local.  Para a presidente da Fundação, Dulce Neves, mais uma vez, a Feira Internacional do Livro compôs uma história que dá visibilidade para Ribeirão Preto no eixo internacional literário. “A FIL é responsável por incentivar a formação de novos leitores, por impulsionar a literatura e a cultura no nosso país e por criar uma imersão reflexiva no universo das palavras sempre embasada por uma temática central”. A FIL – Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Usina Alta Mogiana, GS Inima Ambient e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.   Feira das Parcerias Em duas décadas de atividades, a FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto se consolidou como um importante ponto de encontro entre leitores, autores e seus livros, a partir da união de diversas entidades em torno da promoção da cultura e da educação. A parceria com o SESC é exemplo consolidado desta atuação. Desde 2015, o Sesc tem contribuído significativamente para a Feira Internacional do Livro. "A parceria do Sesc com a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, para a realização da Feira Internacional do Livro, reafirma o nosso compromisso com a promoção da cultura, da educação e do bem-estar social", afirma o diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Galina. “Com o passar dos anos, o número de atividades promovidas pelo Sesc dentro da FIL vem apresentando crescimento, oferecendo uma gama ainda mais diversificada de eventos, desde oficinas literárias a debates e shows musicais”, completa Lucas Molina, gerente adjunto da entidade em Ribeirão Preto.   Homenageados Os autores homenageados desta 23ª FIL foram Ferreira Gullar (escritor, in memorian ), Carlos de Assumpção (escritor), Perce Polegatto (autor local), Sueli Carneiro (autora Educação) e Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil). O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, é o patrono do evento. Neste ano, a Feira Internacional do Livro também celebrou os 150 anos da imigração italiana   e os 200 anos da imigração alemã no Brasil.    Pré-Lançamento da 24ª edição Como nos anos anteriores, a diretoria da Fundação do Livro e Leitura anunciou no último dia de feira o tema da 24ª edição da Feira Internacional do Livro, que acontecerá em agosto de 2025: “Futuros possíveis: entre linhas e parágrafos o que vem por aí ”. Segundo a curadora da FIl, Adriana Silva, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto deseja promover, ao longo da 24ª edição da  FIL um debate sobre os próximos tempos, seguindo as leituras possíveis apresentadas nos parágrafos escritos e organizados em linha e entre elas. Trata-se de uma temática presente na obra de Domênico De Masi, debatida desde 2015 com a publicação da obra: “ Caminhos da Cultura no Brasil” . “A proposta é reunir autores que reflitam sobre o futuro a partir das muitas referências históricas registradas nos livros”, sinaliza.

  • Prêmio Electro Bonini destaca iniciativas de incentivo à leitura em escolas de todo o país

    Realizado em parceria com a Fundação do Livro e Leitura, projeto recebeu iniciativas de todo o Brasil e fez a entrega dos prêmios durante a 23 ª FIL O XI Concurso Nacional de Projetos Escolares de Incentivo à Leitura - Professor Electro Bonini, premiou, durante a 23ª FIL (Feira Internacional de Ribeirão Preto), no dia 8 de agosto, as melhores iniciativas nacionais voltadas ao estímulo da leitura entre os jovens. O evento contou com a participação de 17 projetos escolares das redes municipal, estadual e particular de diversas regiões do Brasil.   A avaliação do material foi conduzida por um corpo de jurados composto pelas professoras Marília Valencise Magri e Dionéia Motta Monte Serrat e pelo jornalista e escritor Galeno Amorim. A análise foi realizada de forma remota, por meio do Google Forms. Cada jurado atribuiu as notas aos projetos e as avaliações foram somadas para determinar os vencedores de 2024.   O primeiro lugar foi conquistado pela Escola CE SESI Dr. Orlando Ometo, de Ribeirão Preto, com o projeto “Narrativas de afeto: conhecendo o que sinto e o que me faz ser quem sou” , sob a orientação da professora Isabela Araújo dos Santos. Em segundo lugar ficou a Escola CE SESI 298, também de Ribeirão Preto, com o projeto “Leiture-se - ler e gostar” , desenvolvido pelas professoras Elaine Capretz Borges da Silva Dorne, Maria Laura Gosuen Merlino Lourenço, Rosana Aparecida Bernardo Soeira e o professor Saulo Campos Oliveira. O terceiro lugar foi para a Escola Espaço Livre, de Bebedouro, com o projeto “Desvendando as Trilhas da Narrativa” , coordenado pela professora Glauce Morais Salvadori do Carmo.   Durante a cerimônia de premiação, a Comissão Organizadora do concurso, representada pela professora Sonia Maria Camargo dos Santos, enfatizou a importância da parceria entre a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) e a Fundação Feira do Livro e Leitura de Ribeirão Preto. “Temos uma admiração e gratidão por esse caminhar da Unaerp e da Fundação em conjunto. A cada nova edição, reforçamos a importância da literatura nas escolas e a formação de jovens leitores”, destacou Sonia. Para a professora Elaine Capretz Dorne, do Sesi 298, valorizar o trabalho do professor é essencial. "A educação é a base de tudo. Quando os alunos reconhecem a importância da leitura, isso nos traz uma imensa felicidade e confirma que estamos no caminho certo, construindo uma educação sólida e duradoura. Esse tipo de reconhecimento nos dá ânimo extra para continuar nossa jornada como educadores", enfatizou a segunda colocada.   Já a professora Glauce Salvadori do Carmo, que conquistou o terceiro lugar, explicou como foi trabalhado seu projeto em sala de aula a partir de dois livros: “ Os Meninos da Rua Paulo” , do autor húngaro Ferenc Molnár, e “O Homem que Sabia Javanês” , do brasileiro Lima Barreto. “Neste projeto, trabalhamos o estudo das narrativas em textos, identificando suas características da narrativa dentro dos gêneros crônica e romance, utilizados pelos autores dos livros lidos”, explicou Glauce.   Criadora do projeto que ficou em primeiro lugar, a professora Isabela Araújo dos Santos se emocionou. “É a primeira vez que participo deste prêmio e estar aqui hoje representa muito para mim, para meus alunos e para nossa escola”, disse a professora, destacando a importância do projeto na vida dos estudantes para além da escola. “Falar de si, de sentimentos, dores, afetos, emoções, nem sempre é fácil para os adolescentes e eles começaram a atividade bastante tímidos. Mas depois conseguiram se soltar. Não tenho dúvidas de que levarão para a vida os aprendizados que tiveram nessa experiência”, disse Isabela Santos.   A vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura e curadora da FIL, Adriana Silva, destacou a importância de instituições de ensino fomentarem projetos como o Prêmio Electro Bonini. “A essência dessa ação é incentivar as escolas a produzirem iniciativas apoiadas pela literatura”, salientou Adriana, lembrando o centenário da universidade. “A Unaerp está completando 100 anos e sua história está na base e na estrutura histórica de Ribeirão Preto”. A coordenadora do concurso, professora Sonia Maria Camargo dos Santos, lembrou como a educação era a menina dos olhos de Electro Bonini, fundador da Unaerp. “Dr Electro nos ensinou a valorização dos professores, base da nossa instituição, e hoje, este momento de entrega dos prêmios de mais uma edição do concurso é muito especial. Os professores e alunos que abraçam nossa proposta sempre nos inspiram. A leitura nos proporciona conhecer o mundo sem viajar, sonhar com diferentes possibilidades na vida”, finalizou.

  • “O que vocês vão levar de melhor da escola são momentos como esse”, disse o escritor Luiz Puntel no projeto Combinando Palavras

    No palco do Teatro Municipal, alunos da ETEC José Martimiano da Silva apresentaram releituras para diversos livros do autor ribeirão-pretano Num encontro marcado pela animação dos alunos no palco e na plateia e total interação do autor com os estudantes, a sessão do projeto Combinando Palavras entre o professor e escritor Luiz Puntel e os alunos da ETEC José Martimiano da Silva teve poesia, protesto, crítica social, denúncia. Tudo a partir de cinco livros de Puntel, que tiveram suas temáticas revisitadas em diferentes linguagens artísticas.   As obras “Açúcar Amargo” , “O Grito do Hip Hop” , “Tráfico de Anjos” , “Deus me Livre” e “Meninos sem Pátria”  ganharam interpretações variadas com dança, videoclipe, música, desenhos, quadros, pinturas e até releitura gastronômica, com alunos do curso de Gastronomia e Nutrição apresentando cardápio inspirado na origem mineira de Puntel e nos personagens de “Açúcar Amargo” . “É uma emoção muito grande receber toda essa alegria e esse acolhimento”, disse Luiz Puntel.   Parceira do Combinando Palavras desde 2018, a ETEC José Martimiano da Silva inovou e trabalhou com dois autores em 2024, deixando os alunos livres para a escolha da leitura das obras e para o processo criativo. Participaram estudantes de 13 cursos da escola, todos técnicos. A cada apresentação, o escritor Luiz Puntel falou sobre a inspiração do livro escolhido e contou algumas histórias por trás das obras.   Memória afetiva Gabriel Signorini Rodrigues, 17, aluno do curso de Administração, participou pela primeira vez do Combinando Palavras e quer viver a experiência novamente. “Nosso processo criativo foi muito interessante porque abriu nossa mente. Escolhemos fazer teatro e esse exercício me trouxe aprendizado de muitas coisas novas”, festejou. A colega de curso Sofia Amâncio também estreou no projeto e era uma das mais animadas. “Foi algo novo e legal porque os professores deixaram muito na nossa mão e exercemos nossa criatividade. Além disso, foi valoroso o tempo que passamos juntos, criando nosso poema com todo nosso carinho. foi muito especial -  tanto pela literatura, como por estar no Teatro Municipal, local que nem todos têm a oportunidade de estar. Fico muito feliz que a ETEC tenha essa parceria com a Feira do Livro e com o Combinando Palavras”, disse a estudante.   No encerramento, Puntel enfatizou a importância do Combinando Palavras na vida dos alunos para além da escola. “Nem tabelas periódicas, nem orações subordinadas adversativas. O melhor que esses adolescentes vão levar da escola são momentos como esses vividos aqui. O que vai ficar é a alegria de ter uma manhã no Teatro Municipal para conversar com o autor que eles trabalharam durante meses. Isso é muito rico”, ressaltou o escritor   A diretora da ETEC, Silvânia Soares da Silva Santos, reforçou a fala do autor. “No início, foi um desafio levar literatura para cursos técnicos. Abraçamos a proposta e está dando certo. No momento em que eles leem, eles se apropriam; no momento em que afloram a criatividade para homenagear o autor, eles se expõem. E isso ajuda a refletir, a melhorar a criticidade, o caráter. Essa memória afetiva da FIL, junto com a escola e com o autor, é o maior legado”, enfatizou a diretora.   “Foi uma alegria imensa participar deste projeto e estar aqui com os estudantes. Escrever é sempre solitário e o encontro com os leitores é emocionante. Ainda mais com as representações que eles trouxeram. Por trás de cada aluno e de cada profissional há um ser humano. E, a literatura trabalha com emoção e com nossa expressão. A literatura transforma”, finalizou Puntel.   O projeto Neste ano, o Combinando Palavras realizou, neste ano, 17 encontros entre os alunos e 11 autores brasileiros: Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil homenageada pela FIL), Fernando Anitelli, Antônio Xerxenesky, Jeferson Tenório, Júlio Emílio Braz, Natasha Felix, Márcia Kambeba, Luiz Puntel, Ana Luiza Gentil, Camila Deus Dará e Antonio Prata. O bate-papo com os escritores aconteceram no Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Teatro do Sesi e anfiteatro do Colégio Cervantes, em Ribeirão Preto; Anfiteatro Municipal de Luiz Antônio; Teatro do Sesi, em Franca e Theatro Carlos Gomes, em São Simão.   Mais informações www.fundacaodolivroeleiturarp.com Instagram:  @fundacaolivrorp Facebook:  @fundacaodolivroeleiturarp YouTube:  /FeiraDoLivroRibeirao Twitter:  @FundacaoLivroRP Por: Regina Oliveira

  • Diversão poética dos Parlapatões marca encerramento da 23ª FIL

    Trupe fez duas apresentações no palco do Theatro Pedro II, no último final de semana da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto O grupo teatral Parlapatões, desde o início dos anos 1990 levando para os palcos e para as ruas espetáculos marcados pela diversão e pela poesia das coisas simples, encerrou a programação oficial da 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto), com duas apresentações no Theatro Pedro II: “Os Mequetrefe”, na noite de sábado (10/08), e “Clássicos do Circo”, no domingo (11/08). Em “Os Mequetrefe”, a trupe liderada por Hugo Possolo traz um dia da rotina dos palhaços Dias, passando por viagens de ônibus, avião, navio e trem, ganhando a vida no escritório com gente estranha e encerrando o dia se entorpecendo com a programação da TV. História que ganha vida no palco com o uso de apenas dois recursos cenográficos: escadas e tambores que se transformam em tudo o que a mente criativa dos Parlapatões possa oferecer. “Clássicos do Circo” reuniu alguns dos mais divertidos números cômicos do repertório da companhia. Produção artística que está registrada no livro “Parlapatões: no ato”, com fotos de Cuca Nakasone, que captam momentos da trajetória do grupo. A história de uma casa O museu Casa da Memória Italiana recebeu na noite de sábado a apresentação “Fiato Al Brasile”, da Alma (Academia Livre Música e Artes), para o lançamento do livro infantil “A casa que queria ser museu” , das autoras Mônica Oliveira e Adriana Silva, com ilustrações de Beth Garcia e Dandara Martins. A obra conta a história de uma casa com o desejo de ser lembrada mesmo com o passar do tempo. Sonho realizado ao se transformar em uma casa eterna na rua Tibiriçá, 776, não por acaso, o endereço da Casa da Memória Italiana, criada há uma década. “A cidade tem muito a ser preservado e é fundamental incluir as crianças neste universo de valorização da nossa memória, e nada melhor do que por meio do encantamento que a literatura pode oferecer”, disse Adriana.   Atividades literárias Raphael Montes, um dos escritores de ficção policial no Brasil mais lidos da atualidade, também esteve na FIL no sábado (10) e atraiu centenas de leitores na Tenda Sesc. Ele deu detalhes sobre sua colaboração com a criminóloga e escritora brasileira Ilana Casoy, além de falar sobre sua trajetória no gênero True Crime. A parceria entre os dois escritores, que resultou na criação da série "Bom Dia, Verônica", teve um início curioso e, para muitos, inesperado. Montes relembrou como conheceu Ilana em um evento em São Paulo. "Eu não conhecia a Ilana pessoalmente, mas já havia lido seus livros e ela os meus. Depois do evento, como é comum entre artistas, fomos para um bar e começamos a conversar. Lembro de incentivá-la a escrever ficção, mesmo sabendo que ela se interessava mais por casos reais, sendo criminóloga. Me ofereci para escrever com ela, e, para minha surpresa, tempos depois, ela me mandou uma mensagem perguntando se eu estava falando sério", contou o autor.   O que começou como uma proposta informal em um bar, rapidamente se transformou em um projeto sério. "Bom Dia, Verônica" nasceu desse desejo de Montes de explorar novos territórios literários, como escrever uma protagonista feminina e ambientar a história em São Paulo, ao invés do Rio de Janeiro, cenário recorrente em suas obras anteriores. Curiosamente, no mesmo período em que "Bom Dia, Verônica" foi escrito, Montes também estava finalizando "Jantar Secreto". Com ambos os livros prontos para lançamento na mesma semana, uma solução criativa foi adotada: o uso de um pseudônimo para "Bom Dia, Verônica". "Assim surgiu Andréa Killmore, um nome que criamos porque achamos engraçado e também porque Ilana ainda não sabia se queria ser uma escritora de ficção", relembrou Montes. A história do livro foi tão envolvente que atraiu a atenção da Netflix. Montes, que já tinha uma relação com a plataforma, sugeriu a adaptação de "Bom Dia, Verônica" para uma série. "Eles compraram os direitos sem saber que era meu livro. Só depois, ao assinar o contrato, tive que revelar a verdadeira autoria", comentou.   Ainda no sábado, a Tenda Sesc recebeu dezenas de leitores para o bate-papo “Literatura YA: o despertar da paixão dos jovens pela leitura”, com os escritores Pedro Rhuas, Larissa Siriani e Tiago Valente. Em seus livros, Pedro preza pela representatividade LGBTQIAP+ e nordestina, tendo os cenários dessa região do país como palco das histórias. “A literatura está se aproximando dos jovens, com personagens parecidos com eles próprios, que estão se reconhecendo em personagens envolvidos em narrativas que se baseiam em questões como descobertas, primeiros amores, corações partidos”, enumerou Pedro, autor de “Enquanto eu não te encontro”, ao comentar sobre a vertente YA (Young Adult), que vem conquistando cada vez mais espaço nas estantes das livrarias.   Concurso Literário Zoraide Rocha de Freitas A agenda do último dia da FIL abriu espaço para a solenidade de premiação do Concurso Literário Zoraide Rocha de Freitas, realizado pela Academia Ribeirãopretana de Letras (ARL), em parceria com a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto. Os vencedores foram recebidos no auditório Meira Júnior por Fernanda Ripamonte, presidente da ARL; a professora Rosa Maria de Britto, coordenadora do concurso, e Bettina Pedroso, da Fundação do Livro e Leitura.   No total, foram recebidos trabalhos de 57 cidades do Brasil, além de participantes do Japão, Alemanha e África. Glauco Keller Villas Boas, terceiro colocado na categoria adulta, festejou a conquista. "É a primeira vez que participo deste concurso e ser premiado nem estava na minha expectativa. Foi uma surpresa maravilhosa e fiz questão de estar presente", disse Glauco, que é professor em São Carlos. O evento teve homenagem à professora e escritora Ely Vieitez Lisboa, nome de referência no magistério e nas letras em Ribeirão Preto, falecida recentemente, e agradecimento aos professores incentivadores do prêmio junto aos seus alunos.   Felipe Vilela Marcolino, professor de Língua Português em três escolas de Ribeirão Preto, teve três alunos premiados. "Foi a primeira experiência dos meus alunos neste concurso e estamos muito felizes com esse resultado. Literatura e leitura mudam vidas e mudam nossa história".   Booktoker A Tenda Sesc recebeu no domingo o influenciador Tiago Valente, que conversou com o público sobre a crescente presença da literatura nas redes sociais e o papel do book influencer . Ele destacou como esses influenciadores têm contribuído para a descoberta de novos livros e a formação de novos leitores. “Sinto uma motivação forte em levar a literatura jovem para todos. Quero desafiar aqueles que desdenham de quem não lê as grandes obras”, e celebrou a importância da internet: “É ótimo termos esse espaço e a internet a nosso lado para promover mudanças”, completou. Durante a tarde de domingo, também na Tenda Sesc, Hugo Possolo (diretor, dramaturgo, ator e fundador do grupo Parlapatões) e Cuca Nakasone (fotógrafo, professor e autor de “Parlapatões: no ato”) participaram do bate-papo: “Parlapatões: no ato”. A conversa focou na arte sem fronteiras entre o palco e a rua, a estética circense e teatral, e o engajamento político, que faz do humor e do riso instrumentos fundamentais para a crítica social e de costumes. “Nascemos da rua, vamos percebendo as diversas modificações. Assim como a sociedade está em turbulência, nós também estamos e isso no torna perenes, porém velhos de corpo”, disse o direto Hugo Possolo.   Música e Literatura O domingo trouxe ainda um encontro sobre literatura e música que abordou a conexão entre Brasil e Itália, com o vice-presidente e diretor artístico associado da Academia Livre de Música e Artes (Alma), Lucas Galon, acompanhado por Martina Drudi, Paulo Veiga, Cristina Emboada e José Gustavo Julião de Camargo. Durante o bate-papo, Lucas Galon lembrou da primeira ópera em português que foi apresentada no Rio de Janeiro, no final do século XIX. "Contudo, o público da época teve dificuldades em compreender o idioma na performance e solicitou que as composições fossem realizadas em italiano, idioma que entendiam melhor", disse. Segundo ele, essa situação evidenciou os desafios de adaptação vocal em português, principalmente pela ausência de microfones, o que tornava a execução ainda mais complexa. "A vocalidade em português, devido a questões de palato e estrutura da língua, apresentava dificuldades adicionais, levando os compositores a reconsiderar a escolha do idioma para suas obras. Além disso, a relação entre música e texto é um aspecto fundamental na composição, o que era um desafio garantir que o libreto e a música transmitam os significados desejados de forma eficaz". Galon - que recentemente lançou sua própria ópera “O Jovem Rei", inspirada no conto infantil homônimo do escritor irlandês Oscar Wilde - lembrou ainda que esses desafios tornaram a criação de uma ópera um processo longo e complexo, exigindo anos de trabalho minucioso.   Mais informações: www.fundacaodolivroeleiturarp.com Instagram : @fundacaolivrorp Facebook : @fundacaodolivroeleiturarp YouTube : /FeiraDoLivroRibeirao Twitter : @FundacaoLivroRP

  • Livro de Jeferson Tenório ganha releituras artísticas no Combinando Palavras

    No palco do Theatro Pedro II, estudantes de escolas de Ribeirão Preto, Cravinhos, São Simão e Santa Rosa de Viterbo apresentaram suas interpretações para “O Avesso da Pele”, principal título do escritor gaúcho   O racismo, seu viés estrutural, seu impacto na vida da população preta e a conivência policial pautaram os trabalhos ora poéticos, ora contundentes, realizados por alunos de escolas de Ensino Médio de Ribeirão Preto, São Simão, Santa Rosa de Viterbo e Cravinhos, para o projeto Combinando Palavras, braço educativo da FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto), que neste ano realiza sua 23ª edição. No palco do Theatro Pedro II, os estudantes entregaram releituras do livro “O Avesso da Pele” , principal título do escritor gaúcho Jeferson Tenório, que serviu de base para o desenvolvimento dos trabalhos. Os trabalhos reuniram vídeos, quadros, desenhos, caricaturas, declamação, teatro, dança, escultura, capoeira, intervenção artística e até livro produzidos pelos alunos. Todo esse material será enviado a Jeferson Tenório, que não pode estar presente em função de um problema de saúde. A apresentação foi transmitida de forma on-line para que o escritor pudesse acompanhar e receber as perguntas dos estudantes, que serão posteriormente respondidas por ele. Laura Beattriz Teixeira Casarini, 17 anos, aluna do terceiro ano do Ensino Médio na Escola Estadual Professor Fernando Campos Rosa, em Cravinhos, participou pela segunda vez do Combinando Palavras e destacou a importância do projeto para ela e seus colegas. “É uma iniciativa maravilhosa porque abre nosso conhecimento. Adorei o assunto que abordamos neste ano porque é muito importante falar de racismo, contribuir com a conscientização das pessoas sobre isso e termos esperança em dias melhores”, disse Laura, que se despede do Combinando Palavras, mas pretende continuar presente na FIL. “Se me abrirem alguma porta na feira, estou dentro. O que derem na minha mão, eu faço”, avisou a estudante que também é presidente do Grêmio Estudantil da escola e autora de 900 poemas e seis livros. Ela pretende estudar Direito. Aluno da Escola Estadual Professora Nair Guilhermina Pinheiro Nogueira, de Ribeirão Preto, Felipe Gabriel Santos de Assis, 16, também estava empolgado. “Analisamos a história que o livro quer contar e escolhemos fazer um pequeno teatro expondo um pouco da vida do autor e das pessoas negras, inserindo algumas de nossas experiências pessoais como pessoas pretas. Foi incrível e quero participar mais vezes”, enfatizou Felipe. Para Murilo Henrique da Costa, 17, aluno da Escola Estadual Conde Francisco Matarazzo, em Santa Rosa de Viterbo, que participou pela segunda vez do Combinando Palavras e integrou o grupo que levou para o palco uma apresentação de slam  (poesia falada), a oportunidade foi emocionante. “Além de lermos o livro, fizemos muitas pesquisas para compor nosso trabalho e soubemos de coisas que não tínhamos noção que existia. Foi um choque de realidade pra gente. Participar de tudo isso é um momento que vou guardar para sempre na minha vida”, disse Murilo. Orientadores O Combinando Palavras sempre é encerrado durante a FIL, mas o trabalho começa em abril, com a distribuição dos autores selecionados entre as escolas agendadas e a capacitação dos professores que orientam o desenvolvimento do projeto. Nesta sétima edição, o projeto destacou a obra de 11 autores nacionais e realizou 17 encontros deles com estudante do Ensino Médio de escolas públicas. Estreando na orientação dos seus alunos, Adenilson Botini, professor de Língua Portuguesa na Escola Estadual Parque dos Servidores, em Ribeirão Preto, tinha apenas uma fala: “com certeza quero participar outras vezes”. Para Botini, “a experiência de orientar os alunos, as descobertas junto com eles por meio do livro e o momento da apresentação, é única. É o que faz a gente continuar sendo professor”.   Lidiane Silva, professora de Redação na Escola Estadual Cônego Barros, comemorou estar presente em mais um Combinando Palavras. “Temos a sorte de participar desde a primeira edição e é sempre muito prazeroso. Além da literatura, a atividade possui cunho terapêutico porque sempre os alunos exploram lugares escondidos em suas emoções”, pontuou a professora. O livro “O Avesso da Pele”  foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2021 na categoria romance literário e teve os direitos vendidos para diversos países.   O projeto Neste ano, os 11 autores brasileiros que participaram do Combinando Palavras foram: Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil homenageada pela FIL), Fernando Anitelli, Antônio Xerxenesky, Jeferson Tenório, Júlio Emílio Braz, Natasha Felix, Márcia Kambeba, Luiz Puntel, Ana Luiza Gentil, Camila Deus Dará e Antonio Prata. O bate-papo com os escritores aconteceram no  Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Teatro do Sesi e anfiteatro do Colégio Cervantes, em Ribeirão Preto; Anfiteatro Municipal de Luiz Antônio; Teatro do Sesi, em Franca e Theatro Carlos Gomes, em São Simão. Por: Regina Oliveira

  • Autores locais ganham destaque na Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto

    Neste ano, o espaço ‘Autores da Casa’ conta com a presença de aproximadamente 200 escritores, expondo mais de 300 títulos diferentes A Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto oferece a cada edição um espaço exclusivo dedicado aos autores locais. Intitulado “ Autores da Casa” , o espaço localizado no saguão do Centro Cultural Palace proporciona uma oportunidade única para escritores da cidade e da região exporem e venderem seus livros, promoverem lançamentos e interagirem diretamente com o público. “O espaço é voltado a pessoas que estão começando a escrever e não têm coragem de publicar. Quando chegam lá e veem que há, por exemplo, um professor lançando livro, um amigo, uma tia e até uma criança, como tivemos no início da feira, eles passam a acreditar no sonho de se tornar escritor”, comenta Juliana Judice, integrante do Núcleo de Programação da Fundação do Livro e Leitura, responsável pela iniciativa. A criança em questão é a autora mirim Chiara Belle, de apenas 11 anos, que no primeiro final de semana da Feira lançou no espaço “ Autores da Casa”  o seu primeiro livro, “As Guerreiras de Maho” , fruto de sua paixão pela leitura, sob qualquer sentimento.  “Quando estou triste, gosto de ler histórias engraçadas, que me deixam feliz, mas também gosto de histórias que me fazem sentir como o mundo pode ser diferente”, comenta. Para os aspirantes a escritores, a jovem autora aconselha: “Escreva o que te faz feliz e não se preocupe com o que os outros pensam. Se você se sentir bem com o que escreveu, siga o que o seu coração mandar”. O livro narra a história de Maya, Agatha, Emily e Iris, garotas comuns que atravessam um portal mágico e vão parar em Maho, um reino sem heróis. Elas sofrem eventos traumáticos e, com isso, seus poderes inesperadamente despertam. Outra autora ribeirão-pretana Laísa de La Corte, que atualmente investe na carreira literária voltada para o público infantojuvenil, também participou do espaço e relançou o seu primeiro livro “Um presente mais que especial”, publicado pela Patuá Editora. O lançamento aconteceu no ano passado, durante a Flip, em Paraty. A história remete à própria vivência de Laísa com seu cachorro. “É a história da minha infância, do meu primeiro cachorro, o Bud e, quando entrei na faculdade de Pedagogia comecei a pensar: como que a Pedagogia podia entrar dentro da literatura, para ser um livro infantil com uma reflexão”, explica. Para ela, publicar o primeiro livro é muito gratificante. “Tive uma rede de apoio de amigos e familiares que foi muito importante para conseguir publicar. Quando ele foi selecionado pela editora fiquei muito feliz”, expressa. Para Laísa, o espaço “Autores da Casa” é uma oportunidade para novos autores. “Foi fantástico estar aqui e alcançar pessoas que não conseguiram ir para São Paulo no lançamento e poder participar, pela primeira vez, com o meu primeiro livro”, destaca. O autor infantil André Luís Oliveira relembra sua estreia na FIL, em 2010, justamente no espaço dedicado aos escritores locais. “Naquele momento, sem editoras, encontrei na Feira do Livro uma vitrine essencial para divulgar o meu trabalho”, afirma. Hoje, com mais de 30 livros lançados por algumas das maiores editoras do país, André segue marcando presença no evento. “Eu fico feliz, é uma coisa que me alegra, até como educador, ver esse fomento, a formação de leitores, as atividades paralelas que são oferecidas para as crianças. A Feira em si me entusiasma muito como leitor e, como autor, a gente fica ainda mais engajado”, comenta. Espaço de encontros Neste ano, o espaço Autores da Casa conta com a participação de aproximadamente 200 escritores, expondo mais de 300 títulos diferentes. A interação proporcionada pelo projeto é um dos principais atrativos, segundo Juliana Judice. “O espaço traz uma intimidade com o público, diferente do contato com autores que estão em conferências e salões de ideias. É um encontro, um contato direto com quem passa por lá”, diz. O espaço também facilita a participação na Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, permitindo que qualquer autor com livro publicado possa expô-lo no local e, se desejar, programar o lançamento de sua obra. “É uma forma de participar da FIL sem precisar de grandes esforços. Basta ter o livro publicado e expô-lo no local. O ‘Autores da Casa’ também possibilita ao autor programar o seu lançamento no espaço”, explica Juliana. Para aqueles que desejam participar do espaço "Autores da Casa" na próxima edição da FIL, em 2025, o contato pode ser feito entre fevereiro e junho do próximo ano, por meio do e-mail juliana@fundacaodolivroeleitura.com.br . O mesmo contato também pode ser utilizado para agendamento de lançamentos, palestras e bate-papos fora do período de realização da Feira.

  • Júlio Emílio Braz relembra o início da carreira de escritor em concurso de redação

    Autor infantojuvenil esteva na FIL na sexta-feira (9/8) e participou de duas sessões do projeto Combinando Palavras, em São Simão e Ribeirão Preto O escritor Júlio Emílio Braz, quatro décadas de carreira e mais de 200 livros lançados, relembrou seu início na literatura em encontro com estudantes da Fundação Educandário na tarde de sexta-feira (9/8), no Teatro Municipal de Ribeirão Preto. Antes, pela manhã, ele participou de outra sessão do projeto Combinando Palavras realizada com alunos da rede estadual de ensino no Theatro Carlos Gomes, em São Simão, durante a 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto). “O primeiro texto que escrevi e que pode ser considerado literário foi aos 12 anos, em um concurso de redação promovido pela Rede Ferroviária Federal. Na escola, eu era aquele aluno que não saía da sala da diretora, que todo dia levava bilhetinho para a mãe, então percebi que escrevendo poderia limpar minha barra”, comentou o autor de livros como “ Na cor da pele”,   “Infância roubada”  e “Um encontro com a liberdade”. A obra de Braz tem um forte cunho social e foi esse enfoque que os alunos do Educandário mostraram no palco do Teatro Municipal. Leituras dramáticas, esquetes teatrais e números de dança sinalizaram temas como racismo, trabalho infantil e falta de acesso à educação. “Foi muito interessante trabalhar a obra ‘ Na cor da pele’  e transformá-la em uma peça. Nos fez refletir bastante e conseguimos levantar muitos pontos sobre o preconceito para esta apresentação. Eu estava nervosa no início, de estar diante de tanta gente, mas depois me senti aliviada por saber que dei conta”, disse a estudante Maria Luiza Soares da Costa, 13 anos, do 7º ano do Colégio Camillo de Mattos (Educandário). “Essa reflexão que os leitores fazem da obra é o mais importante. Muitos me perguntam qual a mensagem dos meus livros e eu digo que não levo mensagens. Minha história termina quando aparecem as três letrinhas de Fim no livro. Aí começa a história do leitor. Ele é quem vai encontrar o sentido da obra”, finalizou Júlio Emílio Braz. Por: Angelo Davanço

  • Filosofia, jornalismo e literatura movimentaram a sexta-feira (9) na 23ª FIL

    Oficinas, circo, discotecagem, contação de histórias, sarau, atividades educativas e palestras também rechearam a programação do dia Uma das mais importantes referências da Filosofia no Brasil contemporâneo, Marcia Tiburi esteve nesta sexta-feira (9) na 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto), em um encontro que lotou o auditório Meira Junior, no subsolo do Theatro Pedro II. Convidada para a Sessão Filosofia, Tiburi quebrou o protocolo da dinâmica da atividade e transformou sua palestra em uma conversa fluida e direta com o público, sobre várias temáticas. De curiosidades a diversas questões atuais da sociedade, a filósofa falou sobre fascismo, machismo, feminismo, afetos, escrita de livros que ficam somente para ela, violência no mundo atual, arte e até sobre sua passagem pela política, em 2014, experiência que rendeu ameaças e sofrimentos diversos. “Como não tenho vocação para ser infeliz, sofro, mas me compenso – com um sorvete por exemplo”, brincou. Ela também comentou o contraponto entre sua preferência por rotinas mais tranquilas e cidadania. “Gosto mesmo é de ficar olhando obras de arte, em conversas que não querem dizer nada. Mas, não dá, porque tenho um compromisso com o mundo em que vivo. É uma ética. Então, leio Filosofia Política não por gosto, mas pelo dever”, enfatizou. A sexta-feira na FIL teve também a presença do escritor Antonio Prata no Salão de Ideias e do jornalista Rodrigo Bocardi em bate-papo (Theatro Pedro II). A conversa com Prata foi centrada no ler e escrever e vice-versa. O cronista enfatizou que, sem leitura, não há escrita, e que a escrita melhora e se aprimora com a leitura. “Ler e escrever é o segredo de ouro para quem quer se tornar escritor profissional”, disse. O incentivo à leitura junto a crianças e adolescentes foi outro ponto destacado. “Não podemos cair na armadilha de dizer à criança ‘leia porque é nutritivo como espinafre’, porque o celular é o filé mignon. Precisamos mostrar a elas que, dentro do livro, existem coisas tão ou mais legais e interessantes que no celular. Além do que, uma não precisa, necessariamente, excluir a outra”, complementou Prata.   Jornalismo na FIL O jornalismo e suas mudanças na forma de abordagem das notícias balizaram o bate-papo de Rodrigo Bocardi com a plateia. Âncora do telejornal diário há 12 anos e quase 30 de profissão, o jornalista falou sobre o impacto que as redes sociais e a inteligência artificial têm imposto à imprensa de modo geral e, especialmente, ao jeito de fazer telejornalismo. “Hoje, temos o público construindo o jornal junto com a gente, em um movimento de interatividade que é fascinante”, ressaltou. Bocardi destacou que o novo desafio da comunicação jornalística é encontrar formas de ser, constantemente, diferente e relevante. “Vivemos um tempo onde todo mundo tem voz, em função das redes sociais, e surpreender está na ordem do dia. Por isso, procuro me colocar sempre como mediador entre o que está acontecendo e quem está assistindo, muitas vezes me impactando junto com o telespectador”.   Viagem no tempo O encerramento do dia retomou o tema central da feira com a apresentação de “Canções que inspiraram Camões” , espetáculo de música renascentista com o grupo Música Antiga, da Universidade Federal Fluminense (UFF). O evento levou uma atmosfera diferente à sala principal do Theatro Pedro II, com os musicistas executando repertório de canções inspiradas em versos do poeta português Luís de Camões e uso de alguns instrumentos medievais. Esta atividade contou com a parceria do Consulado Geral de Portugal e do Instituto de Cooperação da Língua, vinculado ao Ministério dos negócios Estrangeiros.   A agenda da sexta-feira na FIL, que começou com roda de meditação, contação de história,  roda de literatura africana e apresentação o projeto Combinando Palavras, teve ainda mais de 40 atividades ao longo do dia, com a literatura apresentada ao público de diferentes formas e em variados formatos. A 23ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto termina neste domingo (11/8), e a programação deste último dia pode ser conferida no endereço eletrônico www.fundacaodolivroeleiturarp.com .

  • “Não é sempre que acontecem coisas interessantes, como hoje”, disse Antonio Prata

    Escritor e roteirista  conversou com cerca de 900 alunos durante o projeto Combinando Palavras nesta sexta-feira (9/8), durante a programação da 23ª FIL, na sala principal do Theatro Pedro II   Cerca de 900 alunos de 12 escolas estaduais das cidades de Ribeirão Preto, Santa Rosa de Viterbo, Batatais, São Simão e Cássia dos Coqueiros lotaram o Theatro Pedro II, nesta sexta-feira (9/8), para conhecerem, de perto, o autor e roteirista Antonio Prata. A atividade encerrou com chave de ouro o último dia do Combinando Palavras - projeto que une escritores e estudantes na programação da 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto). Antonio Prata, nasceu em São Paulo em 1977, é autor de 15 livros e roteirista na Rede Globo. Para ele, foi emocionante estar em um evento literário, com cerca de 900 adolescentes reunidos, falando sobre sua obra. “Isso é uma coisa rara de acontecer, com esse volume de carinho. Esses eventos deixam a gente com tanta esperança no futuro, pois são adolescentes engajados com literatura, com teatro, pintura e com as artes em si, além de meninas com um discurso super feminista”, disse o cronista do jornal Folha de S. Paulo. No palco Durante o evento, os alunos apresentaram releituras das obras de Antonio Prata. Maria Julia Valente, de 15 anos, estudante da E.E. Alberto Santos Dumont, foi uma delas. Ela fez uma caricatura do autor. “Pesquisei sobre ele para fazer o desenho. O que mais me deixou nervosa foi nunca ter desenhado para outras pessoas, sempre para mim”, lembrando do momento em que a professora a incentivou a participar do projeto. “Fiquei mais nervosa ainda. Mas, deu certo. E agora eu não quero saber quem me critica, o que importa é que o Antonio Prata gostou do meu quadro”, brincou. A aluna do E.E. Alberto Santos Dumont Vitória Caroline Manuel, de 15 anos, também subiu ao palco e apresentou a música “Hackearam-me”, de Marília Mendonça e Tierry. “Gosto muito dessa música e achei que era uma música legal para cantar para ele. Quando o pessoal começou a cantar e a colocar a luz no celular, eu queria chorar no meio da música, mas mantive o foco. Foi emocionante”. A professora de Língua Portuguesa, Seleira Silveira Lopes, veterana no projeto Combinando Palavras, acredita no impacto positivo da iniciativa em sala de aula, pois integra a Literatura ao desenvolvimento de habilidades artísticas dos alunos. “Hoje foi muito emocionante. Quando todos aplaudiram a Vitória, chorei de alegria. Foi maravilhoso vê-la feliz. O mesmo aconteceu com Maria Julia, uma estudante tímida que, por meio do Combinando Palavras, teve seu trabalho reconhecido. A experiência no teatro será inesquecível para eles. Esse projeto é realmente transformador”, afirmou. Neste ano, o Combinando Palavras realiza 17 encontros entre os alunos e 11 autores brasileiros: Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil homenageada pela FIL), Fernando Anitelli, Antônio Xerxenesky, Jeferson Tenório, Júlio Emílio Braz, Natasha Felix, Márcia Kambeba, Luiz Puntel, Ana Luiza Gentil, Camila Deus Dará e Antonio Prata. O bate-papo com os escritores estão agendados para o Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Teatro do Sesi e anfiteatro do Colégio Cervantes, em Ribeirão Preto; Anfiteatro Municipal de Luiz Antônio; Teatro do Sesi, em Franca e Theatro Carlos Gomes, em São Simão. Preparação Os encontros entre escritores e estudantes durante a FIL são a última etapa do processo de realização do Combinando Palavras, que começou no primeiro semestre com as atividades de formação junto aos professores das escolas participantes do projeto. Durante três meses, os educadores conheceram mais de perto a proposta e a metodologia da ação e tiveram acesso ao site Livro Vivo, plataforma que funciona como um canal extracurricular pedagógico, disponibilizando informações sobre os autores, vídeos, frases e fragmentos das obras escolhidas e outras ferramentas para o desenvolvimento do processo em sala de aula. O objetivo da formação é capacitar os docentes como guias dos alunos na jornada literária proposta pelo Combinando Palavras. O projeto tem o apoio da Diretoria Regional de Ensino - Região de Ribeirão Preto, Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto, Luiz Antônio e São Simão, Fundação Educandário Cel. Quito Junqueira, Adevirp, Marista Escola Social Irmão Rui, Etec José Martimiano da Silva, Rede Escolar Sesi-SP e Colégio Cervantes, Sumarezinho. Até o próximo domingo (11), a 23ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto continua oferecendo extensa programação gratuita para públicos de todas as idades. A agenda integral está disponível no endereço eletrônico www.fundacaodolivroeleiturarp.com .

  • “Nenhum Prêmio Jabuti chega aos pés do Combinando Palavras”, disse Marcia Kambeba na 23ª FIL

    Escritora conversou com mais de 250 alunos da ETEC José Martimiano da Silva, na última quinta-feira (8/8), no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, durante apresentação do projeto de estímulo à leitura da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto Durante sua passagem por Ribeirão Preto e Franca através do Combinando Palavras - projeto que une escritores e estudantes na programação da 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto), a escritora infantojuvenil Marcia Kambeba trouxe, de forma envolvente e quase despretensiosa, a riqueza da literatura indígena para os alunos do Sesi e da ETEC José Martimiano da Silva. No palco do Teatro Municipal, em Ribeirão Preto, na última quinta-feira (9/8), a escritora emocionou a todos com um ritual de abertura, onde apresentou instrumentos musicais de sua cultura e preparou o público para o que viria a seguir: uma apresentação vibrante, recheada de música, teatro e até alguns quitutes - todos inspirados em suas obras. Além de poeta, Márcia Kambeba é fotógrafa e escreve sobre questões ambientais e a luta das mulheres indígenas. Nasceu em Belém do Solimões e faz parte da etnia Omágua/Kambeba. Influenciada por sua avó, professora e poeta, começou a escrever poesia aos 14 anos. Formada em Geografia pela UEA, fez mestrado na UFAM, pesquisando a identidade de sua etnia. Suas obras abordam a violência contra os povos indígenas e a vida na cidade, e destaca a importância de sua ancestralidade e a conexão com a floresta. “Me faltam palavras para descrever o 'Combinando Palavras'," disse Marcia Kambeba ao entrar no palco e contemplar as produções dos alunos da ETEC. "É emocionante ver a dimensão do impacto que nosso trabalho, como escritores indígenas, tem alcançado. Esta poética não só reforça o reconhecimento e a valorização dos povos originários, mas também atua na conscientização sobre a questão ambiental," comentou a escritora. “Não há Jabuti que pague o que o Combinando Palavras faz por nós,” suspirou emocionada, destacando a importância do projeto em levar a literatura indígena para as mãos dos jovens e impactar suas vidas de maneira significativa. “Um dos meninos me disse que, ao ler meu livro, refletiu sobre sua própria negritude e a responsabilidade que tem com seu povo. Ele não é indígena, mas minha vivência o tocou profundamente: isso me fez chorar. O Combinando Palavras é único. Em mais de dez anos de escrita, nunca vi nada parecido,” completou. A autora destacou ainda a importância de sua obra ter percorrido diversas áreas durante o Combinando Palavras - desde a gastronomia até a robótica. “Eles exploraram a poesia e encontraram onde ela pode ser inserida, mostrando que minha poética vai além da literatura - desde a arte visual, música, robótica, engenharia, até a gastronomia. Minha literatura se conecta com várias disciplinas, incluindo a matemática,” explicou Marcia. Entre os alunos Erika Bronze Moura, professora dos cursos de Gastronomia e Nutrição e orientadora educacional da ETEC, acompanhou os alunos durante o Combinando Palavras. Ela explicou que os estudantes tiveram contato com a obra da escritora em sala de aula e se inspiraram na cultura indígena para criar pratos. "Foi uma experiência gratificante para os alunos, pois puderam aprofundar suas pesquisas sobre a cultura e os hábitos alimentares da região norte do Brasil. A partir daí, eles desenvolveram e testaram receitas," comentou. Para a professora, o projeto Combinando Palavras é sempre um desafio, pois a escola técnica se inspira em diferentes obras a cada ano, criando pratos para que os escritores possam perceber o alcance de seus livros. “Os alunos acabam descobrindo o prazer pela leitura e pelo estudo, além de terem esse contato direto com autores brasileiros”. Ruan Martos de Almeida, aluno de nutrição de 16 anos, destacou a forma apaixonada com que Marcia Kambeba apresenta sua cultura e seu povo em cada poema. “Acredito que todo aluno deveria ter essa oportunidade, mas infelizmente nem todos têm a chance ou o interesse em participar. Aqueles que têm e não aproveitam, estão desperdiçando uma oportunidade incrível de conhecer pessoas extraordinárias como ela, de conversar e apresentar. É uma experiência indescritível”. Donovan Parreira de Jesus do Nascimento, também com 16 anos e aluno do curso de design de interiores da ETEC, contou que conheceu a obra de Kambeba através do Combinando Palavras. “Como uma pessoa negra, me identifiquei com os poemas dela, especialmente em relação à questão da ausência de representatividade em certos espaços, como na política, onde tivemos apenas um presidente negro, que ainda é embranquecido pela sociedade. Essa representatividade é essencial,” descreveu. O projeto Neste ano, o Combinando Palavras realizou 17 encontros entre os alunos e 11 autores brasileiros: Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil homenageada pela FIL), Fernando Anitelli, Antônio Xerxenesky, Jeferson Tenório, Júlio Emílio Braz, Natasha Felix, Márcia Kambeba, Luiz Puntel, Ana Luiza Gentil, Camila Deus Dará e Antonio Prata. O bate-papo com os escritores estão agendados para o Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Teatro do Sesi e anfiteatro do Colégio Cervantes, em Ribeirão Preto; Anfiteatro Municipal de Luiz Antônio; Teatro do Sesi, em Franca e Theatro Carlos Gomes, em São Simão. Por: Gabriel Todaro

  • ‘Os jovens gostam de ler, eles precisam de oportunidades para isso’, diz a autora Camila Deus Dará

    Romancista comemora dez anos do lançamento da trilogia “Ninho de Fogo” e na quinta (8/8), conversou com estudantes do projeto Combinando Palavras, no Theatro Pedro II A sala principal do Theatro Pedro II ficou lotada na tarde de quinta-feira (8/8) para o encontro entre alunos de escolas estaduais de Ribeirão Preto, Santa Rosa de Viterbo e Batatais, com a romancista Camila Deus Dará, autora da trilogia “Ninho de Fogo”,  que está completando uma década do primeiro lançamento. A atividade fez parte da programação do projeto Combinando Palavras na 23ª FIL (Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto). “São momentos assim, de encontro com os leitores, que nos motivam ainda mais a escrever. É impressionante ver a participação dos jovens em torno do Combinando Palavras. Muito se fala que as pessoas, especialmente a juventude, não gostam de ler, mas percebemos aqui que sim, os jovens gostam de ler. Eles precisam de oportunidades para isso”, comentou a autora, que nasceu e viveu em Batatais até os 18 anos e começou a escrever em diários, até saltar para blogs, e-books e os livros físicos. “Adoraria ver a adaptação dos meus livros para o cinema, é o sonho de todo autor”, respondeu Camila ao ser perguntada se suas histórias renderiam bons filmes. Parte do desejo da autora foi realizado por alunos da E. E. Cândido Portinari, de Batatais, que apresentaram um storyboard  para a obra “Quero minha chave de volta”, com direito a destaque fictício no catálogo da Netflix e tudo. A obra de Camila Deus Dará ainda ganhou vida no palco do Pedro II por meio de declamações, jograis, desenhos, colagens e dança. Uma oportunidade para jovens cheios de sonhos idealizarem uma vida repleta de arte pela frente. “Eu nunca tinha subido em um palco antes, ainda mais diante de tanta gente, pois sempre fiz números de dança em apresentações da escola. Estava nervosa no começo, mas foi uma experiência muito boa, algo que eu quero fazer mais vezes”, disse Sofia Alarcon Coelho, 14 anos, da E. E. Vicente Teodoro de Souza. O projeto   Neste ano, o Combinando Palavras realiza 17 encontros entre os alunos e 11 autores brasileiros: Janaína Tokitaka (autora infantojuvenil homenageada pela FIL), Fernando Anitelli, Antônio Xerxenesky, Jeferson Tenório, Júlio Emílio Braz, Natasha Felix, Márcia Kambeba, Luiz Puntel, Ana Luiza Gentil, Camila Deus Dará e Antonio Prata. O bate-papo com os escritores estão agendados para o Theatro Pedro II, Teatro Municipal, Teatro do Sesi e anfiteatro do Colégio Cervantes, em Ribeirão Preto; Anfiteatro Municipal de Luiz Antônio; Teatro do Sesi, em Franca e Theatro Carlos Gomes, em São Simão.  O último encontro acontece nesta sexta-feira com o autor Antonio Prata, na sala principal do Theatro Pedro II. Durante as atividades, destinadas exclusivamente ao público escolar previamente agendado, os estudantes apresentam suas percepções a respeito das obras lidas e têm a oportunidade de mostrar os trabalhos que desenvolveram a partir da temática do livro trabalhado, além de conversar com os autores sobre suas histórias, personagens, ambientes, construção do texto, inspirações e outras questões literárias. “O maior traço de sucesso do Combinando Palavras é esse encontro entre estudante e autor, com a apresentação das manifestações artísticas produzidas a partir dos livros lidos, que revelam a profundidade do projeto”, comenta Adriana Silva, vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura e curadora da FIL. Por: Angelo Davanço

  • ‘Vivemos uma crise de palavras e de repertório’, aponta Ilan Brenman em conferência com Clóvis de Barros Filho

    Escritor e filósofo participaram da 23ª FIL na  conferência ‘Filosofia ao pé do ouvido: uma conversa sobre felicidade, ética, amizade e liberdade’, nesta quinta-feira (8/8) Ao longo da história, nos acostumamos a observar imagens de filósofos como figuras sérias e introspectivas, sem espaço para as amenidades mundanas. Mas será possível filosofar se divertindo? A conferência do escritor Ilan Brenman e do filósofo Clóvis de Barros Filho, nesta quinta-feira (8/08) à noite, no Theatro Pedro II, provou que sim. Com histórias de vida e reflexões bem-humoradas, a dupla levou ao palco os debates reunidos no livro “Filosofia ao pé do ouvido: Felicidade, ética, amizade e outros temas”, que surgiu a partir das conversas públicas que tiveram via virtual durante a pandemia. “No Brasil, hoje em dia, todo mundo fala sobre qualquer assunto, e foi isso o que fizemos em nossos diálogos, abertos ao público, para tratar sobre ética, justiça, liberdade e amizade. Aliás, a gente já era amigo antes do livro, mas agora, a cada evento que participamos por causa do livro, a amizade cresce ainda mais. O Ilan, esse escritor consagrado, reconhecido internacionalmente. Eu, uma espécie de camelô de discursos filosóficos, sempre pronto para comentar qualquer tema”, disse Clóvis.   Ao comentar (e imitar) as conversas que ouve entre os jovens de hoje, Ilan relembrou de um aplicativo para celulares que tem como única função enviar a expressão YO para alguém. “É a realização da profecia de George Orwell em “1984”, o controle por meio da redução de repertório das pessoas. Hoje, vivemos uma crise de palavras, de linguagem, de repertório. Nós precisamos de mais metáforas, de mais criatividade, por isso, eu peço: ofereçam um banho de linguagem, um banho de narrativas às crianças. Abram livros, leiam livros, por favor!”, pediu o escritor. Em outro momento, Clóvis de Barros Filho abordou a supervalorização que damos ao futuro, em detrimento da vida presente. “Nós nunca estamos prontos. O que vale é o que vai acontecer depois que eu me formar, depois que eu começar a trabalhar, depois que eu for nomeado CEO. Com isso, nos habituamos a desvalorizar a vida onde a vida está, que é hoje. Por isso sou contra as escolas que traduzem o desempenho dos alunos na frase ‘passar de ano’. Vamos aprender a viver o ano, a desfrutar o ano”, provocou o filósofo, que ainda lembrou da infância em Ribeirão Preto e referências como a rua Barão do Amazonas, onde nasceu - “em cima da Lanchonete Mau Mau”, e a Sorveteria do Geraldo. “O Clóvis me levou para conhecer hoje à tarde. O sorvete de Málaga do Geraldo, nossa...”, suspirou Ilan antes de partirem para a concorrida sessão de autógrafos na Feira Internacional do Livro.   Sustentabilidade Ainda na quinta-feira, no estande da Prefeitura, na entrada central da Praça XV de Novembro, crianças e adultos se divertiram e aprenderam em duas oficinas educativas realizadas pelo Instituto Estre, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Na primeira, os participantes receberam orientações de como construir composteiras caseiras, com direito a levar para casa as caixinhas modelo, com terra e minhocas, para implementarem o manejo sustentável do lixo orgânico doméstico.   Em seguida, a oficina de placas sustentáveis uniu ludicidade e criatividade na produção de placas indicativas e sinalizadoras feitas com madeira, estêncil, canetas coloridas e sisal. Para arrematar, o público recebeu sacolas de tecido reutilizado para o transporte da produção. As duas atividades contaram também com parceria do Instituto Tecendo afetos, de Curitiba, que esteve pela primeira vez na FIL. “Muito gratificante a experiência na feira, levando ao público informações sobre a importância da reciclagem e de separar o lixo de forma adequada. Especialmente o contato com as crianças foi maravilhoso, plantando neles a semente da sustentabilidade”, disse Sueli Herman, fundadora e diretora da Tecendo Afetos, entidade que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica em Curitiba.   Técnicas de escrita No auditório Pedro Paulo da Silva, no Centro Cultural Palace, os adolescentes participaram de uma conversa sobre escrita, criação literária e artes visuais. A escritora Eda Carvalho alertou sobre o uso inadequado do gerundismo na fala e na escrita. “Ouçam mais, leiam mais, pois isso faz a diferença lá na frente”, disse, destacando a importância de se atentar à linguagem.  O também autor Edson Malta enfatizou a relevância da literatura brasileira na preparação para a redação em vestibulares, alertando sobre os riscos do uso excessivo de estrangeirismos. “É fundamental ler livros em nossa língua: a redação é a parte do ENEM – e a que mais pesa na nota final. Então, ter uma base sólida em literatura brasileira é essencial', comentou. O público também pôde apreciar a exposição dos trabalhos da fotógrafa Ana Martinez e dos robôs falantes criados pelo artista plástico Giovane Malta. A FIl segue até o próximo domingo (11) com atividades para todas as idades. A programação completa está disponível no endereço eletrônico www.fundacaodolivroeleiturarp.com . O evento tem organização e realização do evento é da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.

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