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- Projeto Bond Music é exibido em vários episódios
Os fãs da saga 007 comemoraram a estreia do novo filme do James Bond, “007: Sem Tempo para Morrer”. E para marcar o lançamento do agente 007, personagem criado nos anos 1950 pelo escritor britânico Ian Fleming e imortalizado no cinema por atores como Sean Connery, Roger Moore, George Lazenby, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto exibiu em suas plataformas virtuais os seis episódios da minissérie "Bond Music - Uma Homenagem às Canções da Saga 007", entre os meses de setembro a novembro. O projeto “Bond Music: Uma Homenagem às Canções da Saga 007” é uma criação de André e Marcos de Castro, os Gêmeos do Cinema, que traz um show on-line em seis episódios, com a participação das bandas Kilotones e Chavala, e das solistas Fernanda Marx e Gika Bacci, acompanhadas pela Orquestra Acadêmica Alma. As apresentações, gravadas em fevereiro de 2021, foram dirigidas por André e Marcos de Castro, com produção de Bruna Veiga. Entre cada uma das 24 canções selecionadas para o projeto, os Gêmeos do Cinema contam um pouco da história de toda a saga de 27 filmes (25 oficiais, um não oficial e uma paródia) do agente mais famoso do cinema mundial. Todas as canções são acompanhadas por legendas em português, além de tradução em LIBRAS - a linguagem brasileira dos sinais -, para as músicas e as palestras dos Gêmeos. Contemplado pelo Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc nº 40/2020: Produção e Realização de Festival de Cultura e Economia Criativa, o projeto tem apoio do site “James Bond Brasil”, referência no assunto, com mais de 20 mil seguidores e informações em primeira mão sobre o universo 007. Todos os episódios do projeto estão disponíveis no canal do YouTube da Fundação.
- “A Peste’, de Albert Camus, foi tema do Clube do Livro
O tradicional encontro do Clube do Livro, atividade permanente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, abordou no dia 25/9, a obra de Albert Camus, “A Peste”. Escrito em 1947, um período pós-guerra, a obra de Camus recebeu atenção recente por conta da pandemia da Covid-19. O livro conta a história da chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. Sob o olhar do personagem principal, um médico que combate a doença até o fim e após muitas mortes, o narrador descreve como a população vai reagir, caminhando da apatia à ação, e como alguns vão se expor ao risco de contaminação para enfrentar a disseminação da doença. “A obra é um clássico e foi escolhida por tudo que estamos vivendo com a pandemia, tanto na crise política quanto na sanitária. ‘A peste’ foi um livro muito lido e discutido durante os últimos meses na comunidade leitora, disse a a bibliotecária e coordenadora do Clube do Livro, Gabriela Pedrão. Segundo a bibliotecária há, ainda, espaço para outras visões na obra: como os aproveitadores que lucram com o mercado paralelo de produtos e as autoridades, que hesitam em fazer campanhas abordando a doença. “Fizemos uma conexão com a cidade da obra, que enfrenta uma epidemia e todos os seus desdobramentos nos habitantes e na política”. Albert Camus referenciou a ocupação nazista da França para escrever “A Peste”, já que, na época, não havia nenhuma crise sanitária no país. O autor foi vencedor do Prêmio Nobel de literatura em 1957 e já vendeu, até 2020, 24,7 milhões de exemplares, isso sem contar as traduções. “A Peste” é um dos maiores livros a ter uma epidemia como tema central. O encontro do Clube do Livro na íntegra está disponível no canal do Youtube da Fundação.
- Contação de histórias é atração da 40tena Cultural nesta terça (3/8)
O mês de agosto começou na Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto com contação de histórias. No dia 3/8, o ator e contador, Ademir Apparício Júnior, interpretou o livro “A casa que voa”, de Ana Luiza Gentil e Semíramis Paterno (Editora PinCéu). A atividade, aberta e gratuita, foi transmitida ao vivo pela plataforma digital da Fundação, TV Câmara e nas redes sociais do Projeto Escola na TV (Facebook e Youtube). “A casa que voa” conta a história de uma pequena cidade, tão pequena que caberia em uma página de um livro, com casas iguais. Porém, uma das casas resolve ser diferente e ninguém aprova muito essa iniciativa. Ao longo da história, o leitor irá saber o destino da família, da casa e da própria narrativa. O conto é repleto de aventuras, surpresas e criatividade, além de conter uma sensível mensagem sobre a valorização e respeito à diversidade. Para conferir a contação, o vídeo está disponível no vídeo acima.
- “No meio do caminho tinha uma pedra” foi o tema do Núcleo de Contadores de História de julho
No dia 24/7, aconteceu mais um encontro do Núcleo de Contadores de Histórias, dessa vez, com o tema “No meio do caminho tinha uma pedra”. A atividade foi conduzida pela contadora e arte educadora, Carol Piscitelli, e contou com a participação de outros contadores: Ademir Apparício Júnior, Andrea Prior, Claudete Feijó, Cilla Amaral, Sandra Maurami Lidanayê e Mauricio Sterchele, que apresentaram formas de contar histórias. Os convidados foram escolhidos para abordarem diferentes maneiras de se contar histórias: Andrea Prior é especialista em dança indiana e levou para o encontro histórias indianas que são contadas por Mudras – movimentos feitos com as mãos. Já o contador Ademir Apparício Júnior abordou o projeto que criou no YouTube com histórias contadas por indígenas, destacando o processo de criação do projeto e o alcance que as histórias podem chegar quando são lançadas na internet. Outra contadora que participou do encontro foi Cilla Amaral, que interpretou um palhaço. Mauricio Sterchele abordou as dificuldades que encontrou durante a pandemia para se adaptar ao mundo digital. Claudete Feijó, participante do Núcleo de Contadores de Histórias há muitos anos, falou da sua experiência em edição, locução e o uso de aplicativos para trabalhar sozinha em casa durante a pandemia. E, por fim, a contadora Sandra Maurami Lidanayê mostrou como que a contação de histórias pode ser usada no mundo corporativo. Para assistir ao encontro na íntegra, basta acessar o vídeo.
- Thayame Porto conta “Da Renovação da Vida”
A história, inspirada na obra de Cidinha da Silva, fala sobre a transmissão do conhecimento A programação da 40tena Cultural também trouxe, no sábado (17/7), a contação de histórias “Da Renovação da Vida”, inspirada na obra de Cidinha da Silva, autora participante do projeto Combinando Palavras durante a 20ª FIL - Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL), que acontece em agosto deste ano. A história foi contada por Thayame Porto, artista da palavra, autora das obras “Carrego Comigo” e “Maria Chá e João Café” e que fundou uma biblioteca na sua kombi e viajou o Brasil e Uruguai dirigindo e lendo com crianças. Thayame é mestre em Educação pela Federal de São Paulo e faz das ruas o seu território Educativo. A história “Da Renovação da Vida” mostra lugares afetivos dos saberes e da educação. É um livro que fala sobre a transmissão do conhecimento a partir da oralidade, o quanto esses territórios estão além da sala de aula, podendo ser até embaixo de uma roseira. E que um caderno também pode ser um pedaço de madeira ou pedaço de planta”, disse. Thayame explicou que essa história vem para conversar sobre o quanto a tecnologia está inserida no contexto de aprendizagem. “Estamos expandindo a nossa capacidade auditiva, sentindo o crescimento dos veículos audiovisuais”. A história completa pode ser conferida no link acima ou no canal da Fundação no YouTube.
- Audino Vilão e Matheus Arcaro discutem “Sociedade do Cansaço”
Atividade fixa da 40tena Cultural, Defenda Seu Best, aconteceu no dia 17 de julho O tradicional quadro fixo “Defenda seu Best” trouxe, no dia 17 de julho, o professor e youtuber, Audino Vilão, que é também estudante de História e amante de Filosofia; e Matheus Arcaro, mestre em Filosofia contemporânea, professor, artista plástico, palestrante e escritor. Juntos, eles abordaram o motivo da obra “Sociedade do Cansaço”, de Byung-Chul Han, ser tão relevante e aclamada. Publicado em 2010, o livro do sul-coreano Byung-Chul Han demonstra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX, descrita por Michel Foucault, perdeu espaço para uma nova organização coercitiva: a violência neuronal. Segundo a obra, são as pessoas que se cobram cada vez mais para apresentar resultados, tornando-se mais vigilantes e carrascas das próprias ações. Tudo isso em uma época, segundo o autor da obra, em que seria possível trabalhar menos e ganhar mais. O livro aborda a onda do ‘eu consigo’ e do ‘yes, we can’ que tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e Burnout. “Durante a leitura do livro, me senti como em uma consulta no médico, identificando sintomas e refletindo sobre tudo que eu sinto e penso. A exposição das ideias sobre o excesso de positividade é, sem dúvidas, uma teoria que caiu como uma luva dando um tapa na minha cara. Isso, de certo modo, me abriu uma nova visão sobre o mundo que estou vivendo”, disse Audino Vilão. Para ele, a obra de Byung-Chul Han é uma de suas preferidas por ser atual e recente, publicado em 2010. A análise que o autor faz se torna condizente com o atual momento. “A forma como se faz educação diz muito sobre o momento em que se vive, principalmente ao que se refere a sociedade do cansaço estar presente na forma de se educar. O excesso de cobrança de genialidade por parte dos meios de educação é o primeiro ‘ronco do motor’ que levará ao indivíduo estar exausto de ser positivo”, completou. O encontro completo pode ser conferido no link acima ou no canal da Fundação no YouTube.
- “A desvalorização do profissional tem impacto na maneira em que ele vai dar aula”, disse Vinaum
Encontro on-line abordou a temática educação como objeto de transformação, além de assuntos sobre educação pública e privada Educação para todos é o tema das discussões da programação no mês de julho da 40tena Cultural. No dia 14 de julho, quem esteve presente em mais um encontro on-line foi Vinaum (Vinícius Santana), que é graduando em Filosofia pela Unicamp, pesquisador a nível de IC em História da Filosofia Antiga Ocidental (Ética a Nicômaco, de Aristóteles) e um dos apresentadores do podcast “Quebrada Cult”. Participou também do bate-papo “Educação como transformação”, Letícia Caroni, graduada em Letras e professora de Língua Portuguesa. Vinaum contou que estudou em escolas públicas e só foi possível estudar na rede particular quando foi bolsista. “Foi esse desconto que me possibilitou um nível de educação para disputar uma vaga no vestibular”. Ele lembrou que, em sua trajetória escolar, ele percorreu o caminho inverso, comparado aos amigos. “Saí de uma instituição privada e fui cursar uma faculdade pública. Enquanto muitos amigos meus, que estudavam no ensino médio em instituições públicas, tiveram de ir para uma faculdade particular, pois não tiveram a mesma preparação que eu tive”, contou. Letícia Caroni complementou dizendo que a realidade das faculdades privadas não favorece os alunos que vieram de escolas públicas. “Em muitos casos, quem veio de uma escola pública precisa trabalhar por não ter dinheiro suficiente para pagar a mensalidade da universidade. Os pais, sozinhos, não dão conta de pagar o ensino”, comentou a professora, argumentando que essa realidade é frustrante para o estudante que, muitas vezes, tem o pensamento de não conseguir conciliar as duas atividades ao mesmo tempo. Para Vinaum, uma forma de resolver o problema do sucateamento da educação pública seria solucionar a desvalorização do professor, que, segundo ele, causa dificuldades e até falta de interesse dos profissionais em buscar novos métodos de ensino. “Por outro lado, essa desvalorização tem influência no comportamento dos alunos. Afinal, se o professor não está motivado em trabalhar, os alunos não vão se mexer para que a aula seja diferente”, mostrou. Para assistir a conversa completa sobre a educação como meio de transformação, só assistir o vídeo acima ou acessar o canal da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.
- Quadro ‘Dicas de Leiturinhas’ traz obras infantis para a sala de aula
A atividade fixa da programação da 40tena Cultural “Dicas de Leiturinhas” do mês de julho trouxe o tema livros infantis para a sala de aula. O encontro aconteceu no dia 8 de julho com a professora e contadora de histórias, Aline Botelho, que usou toda sua experiência em sala de aula para indicar algumas obras para serem usadas no ambiente escolar ou mesmo em casa. Aline lembrou que a leitura auxilia na formação da criança e do jovem que está iniciando sua vida acadêmica. “Uma criança que lê será um adulto que lê e desenvolve suas próprias opiniões. Além de uma boa leitura, esse aprendizado irá resultar em uma boa escrita e muita imaginação através das histórias”, disse. Obras como “Chapeuzinho Amarelo”, de Chico Buarque; “Pandolfo Bereba” e “Rumboldo”, ambos de Eva Furnari, foram indicadas pela professora. Para conferir todas as dicas da professora, o quadro ‘Dicas de Leiturinhas’ pode ser conferido no link acima ou no canal da Fundação no YouTube.
- 40tena Cultural leva Paulo Freire para o centro da roda de debates
Projeto on-line e gratuito da Fundação do Livro e Leitura promove bate-papo entre o doutor em Física e antropólogo, Marcio D’Olne Campos, e a educomunicadora, Adriana Silva. Conversa está disponível pelo canal do YouTube e Instagram da instituição Qual a importância das diversas leituras de mundo no ambiente da educação? Essa foi a questão central colocada em debate pelo projeto 40tena Cultural na noite de terça-feira (06/07). O evento, realizado pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto em ambiente 100% digital, recebeu Marcio D’Olne Campos para um bate-papo especialíssimo com os internautas em torno do tema “Paulo Freire – 100 anos: ler o mundo é essencial”, celebrando o centenário de nascimento do principal educador brasileiro e considerado um dos maiores pensadores da pedagogia mundial. Mediado por Adriana Silva, curadora da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto e vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura, o doutor em Física e antropólogo, Marcio D’Olne Campos falou sobre como se deu a aproximação de um físico com a questão das variadas possibilidades de leituras e compreensões do mundo, e sobre como conheceu, trabalhou e se tornou um estudioso da obra de Paulo Freire. “A principal influência de Paulo Freire na minha vida foi me fazer prestar atenção nas coisas, gostar de gente e expandir meu pensamento para outras rotas e veredas que não as da Física”, explicou Campos. Essa percepção rendeu tanto, que ele ampliou a citação “Ler o mundo é essencial” (slogan da Fundação) para o plural, enfatizando que há mundos diversos. E não apenas um, fechado e hermético. “Mundo não pode ser singular. Tem que ser plural”, sublinhou. O físico e antropólogo falou também sobre a prática de uma educação que proporcione, especialmente às crianças, o exercício de leituras de mundo que sejam mais amplas e abrangentes e considerem, como prioridade, a própria percepção de mundo que cada criança carrega em si. “A capacidade de assimilação de um livro é melhor quando você já leu o mundo a vida inteira além do livro. Não é um livro que te remete à leitura do mundo. É a leitura do mundo que te permite assimilar, entender, compreender e analisar melhor o que você lê no texto”, disse Marcio, que trabalhou com Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (1989-1992). Questionado por Adriana Silva sobre sua perspectiva de reversão do tempo pandêmico em que vivemos de forma mais preparada para outros mundos, Marcio D’Olne Campos respondeu com seu neologismo abençoado por Paulo Freire: SULear. Antônimo de nortear. “Obedecemos, importamos e publicamos livros didáticos e textos de internet de orientação escolar com regra prática que é do Norte. E assim se norteia nossa educação.”, destacou Marcio. “Nesse contexto, temos padrões criados por outras pessoas, que a gente replica achando que é óbvio. Mas é preciso pensar e repensar esse óbvio. E descobrir um outro jeito de ler o mundo”, finalizou. Quem quiser conferir essa conversa na íntegra, pode acessar o YouTube ou Instagram da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto.
- “Tem prevalecido muito mais ‘a ordem educa’ do que ‘o amor educa’”, disse César Nunes na 40tena
Durante palestra do projeto 40tena Cultural, da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, professor e filósofo apresentou pontos para aplicar metodologia de ensino que valoriza o amor, ao invés da punição O professor e filósofo César Nunes participou nesta terça-feira (6/07) do projeto 40tena Cultural, promovido pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, em parceria com a Diretoria de Ensino – Região de Ribeirão Preto. Durante o bate-papo que trouxe a temática “Amor que educa”, César Nunes abordou a educação rigorosa, austera e disciplinar, tão presente no imaginário como sendo o melhor caminho, transformando alunos muito mais em objetos de ação de educadores e gestores do que sujeitos de seus próprios processos de aprendizagem. “Tem prevalecido, na nossa tradição cultural, muito mais a ideia de que a ‘ordem educa’, do que o ‘amor educa’”, comentou. Para o pensador, a pandemia do novo Coronavírus colocou em xeque muitas ideias e instituições já sedimentadas. “Eu tenho lutado para dizer que as relações humanas, quando a pandemia passar, vão exigir transformações no meio da educação, do currículo, da escola, do trabalho e da vida familiar também”, explicou o professor. E para encarar os desafios que vão surgir e as marcas que ficarão, segundo apontou Nunes, é importante algumas propostas. A primeira é superar a ideia de que a melhor educação será a punitiva. “A ideia de educação punitiva – vigiar, punir e controlar – é marca estrutural da educação brasileira. Ela veio com o modelo jesuíta e se constituiu com o modelo positivista da República”, constatou. O filósofo alertou que, para que seja possível instaurar a educação através do amor, é importante realizar uma leitura histórica, sociológica e psicológica das crianças e adolescentes que estão presentes nas salas de aula. “Prevalece na escola pública, em sua maioria, crianças das camadas mais populares da sociedade. Na escola privada, por outro lado, uma criança da classe média e alta, com outra organização da vida material, social, econômica e cultural. São duas realidades distintas que não podem ser opostas e, sim, integradas pela educação”, afirmou o professor. O encontro “Amor que educa”, com o filósofo César Nunes, pode ser conferido na íntegra no link acima ou no canal do Youtube da Fundação.
- ‘A utopia é o que nos move para seguir acreditando’, disse Bruna Benevides no 40tena Cultural
Debate entre a primeira mulher trans nas Forças Armadas do Brasil e a drag queen Ruth Venceremos encerrou a temática de junho, em celebração ao Orgulho LGBTQIAP+ Para encerrar a programação de junho do projeto 40tena Cultural, focado na temática do Orgulho LGBTQIAP+, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto convidou a pesquisadora e primeira mulher trans a ingressar nas Forças Armadas Brasileiras, Bruna Benevides, e a drag queen, ativista e produtora cultural, Ruth Venceremos. No bate-papo “A utopia da igualdade”, transmitido pelas redes sociais da entidade no dia 30 de junho, as convidadas debateram sobre igualdade, diversidade e, claro, utopias. Bruna se diz uma pessoa que acredita no poder da transformação. “Mas acredito também que se indignar, se revoltar, organizando essa raiva como combustível de luta, é fundamental”, comentou a militar. Segundo ela, se não existisse ideia de utopias, não haveria combustível para construir futuros, interações humanas e desconstruções. “A utopia é o que nos move para seguir acreditando, vivas e vivos. Em que direção vamos caminhar, não importa como e nem as dificuldades que encontremos nesse momento”. Para Ruth, a utopia está ligada ao território de fala, de onde a pessoa está localizada no mundo. “Desde as perspectivas e territórios que tentamos construir, a questão da igualdade é central e fundamental”, afirmou a ativista. Bruna explicou que para entender a igualdade, é necessário compreender a desigualdade, em que os acessos das pessoas não acontecem de uma forma justa. “Pensar em igualdade é proporcionar acesso justo para os que não estão conseguindo chegar lá”, recomendou a pesquisadora. Mas, segundo ela, para atingir o objetivo, devemos pensar além da igualdade, no sentido de equidade. “É entregar para as pessoas aquilo que elas precisam, não o que nós achamos que seja melhor para elas”, comentou a militar. Para acompanhar o bate-papo completo entre Bruna Benevides e Ruth Venceremos, assista o vídeo acima ou acesse o canal do Youtube da Fundação.
- Clube do Livro discutiu "A Filha Perdida"
Mais um encontro on-line do tradicional Clube do Livro, da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, aconteceu no sábado, dia 26/06. Conduzido pela bibliotecária Gabriela Pedrão, o grupo discutiu a obra de Elena Ferrante: "A Filha Perdida". O terceiro romance da escritora foi lançado em 2006 e tem um estilo inconfundível, partindo de elementos simples para construir uma narrativa intensa sobre maternidade e as consequências que a família pode ter na vida de diferentes gerações de mulheres. Gabriela Pedrão explicou que a escolha do livro foi difícil porque a qualidade das obras da escritora é surpreendente. "Decidimos por 'A Filha Perdida' devido às notas que ele tem em aplicativos de literatura e às sugestões de outras pessoas", explicou. A autora é famosa por abordar temas introspectivos, histórias de relacionamentos e vivências pessoais em seus personagens, combinando com o atual momento pandêmico. Elena Ferrante nasceu em Nápoles, na Itália. Sua identidade é um mistério desde sua primeira publicação, em 1996. Em 2016, foi uma publicada uma matéria italiana especulando a verdadeira identidade da autora, que seria uma tradutora habitante de Roma, criando ainda mais suspense sobre a intrigante escritora. Elena é autora de 'Dias de Abandono', 'Uma Noite na Praia', 'A História de Quem Foge' e 'Quem Fica'. Quem quiser conferir, na íntegra, o debate sobre o livro e as curiosidades de quem já leu a obra, o encontro está disponível no início do texto 👆🏻 e também em nosso canal do Youtube.
- “Cassandra Rios fazia ficção de uma maneira sublime”,disse Tatiany Leite durante encontro na 40tena
A jornalista e criadora do canal “Vá ler um livro” conversou com a professora de História, Flávia Mantovani, sobre a vida e obra Cassandra Rios, primeira escritora a vender 1 milhão de cópias no Brasil e a mais censurada durante o período da Ditadura Militar As redes sociais da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto receberam na quinta-feira (24/06), a jornalista e criadora do canal “Vá ler um livro”, Tatiany Leite, e a professora de História, Flávia Mantovani para um bate-papo sobre “Memórias: Cassandra Rios”. O encontro on-line, que fez parte da 40tena Cultural, abordou a vida e obra da escritora Cassandra Rios, destacando sua relevância na literatura LGBTQIAP+ brasileira. Cassandra Rios (1932-2002) foi a primeira mulher a alcançar 1 milhão de vendas no Brasil, em 1970, superando autores destacados na época, como Jorge Amado, Clarice Lispector e Érico Veríssimo. Ela foi uma escritora lésbica que abordava abertamente sobre toda a Comunidade LGBTQIAP+. “Às vezes com uma perspectiva complicada. Mas fazia ficção de uma maneira sublime”, lembrou Tatiany Leite. Segundo a jornalista, seus livros eram classificados como pornográficos, com cenas abertamente sexuais e vendidos a preço comunitário nas bancas. “Por conta disso, muitos achavam que suas obras eram de uma qualidade inferior. Ela foi muito censurada, principalmente por ser na época da Ditadura Militar e por ser uma mulher lésbica”, comentou. Tatiany Leite lembrou que, devido a essa censura que Cassandra sofreu, poucas pessoas conhecem a sua história, ao contrário de outros escritores brasileiros, que ficaram conhecidos nacionalmente, como o autor Jorge Amado. “Nunca é tarde para relembrar quem foi essa mulher tão importante para a história da literatura LGBTQIAP+ no Brasil”, alertou a jornalista. Segundo ela, os livros de Cassandra Rios tinham grande saída por serem baratos e fáceis de encontrar, além de conterem, em sua maioria, algumas histórias ‘mais quentes’. "Como era uma época que não havia internet, nem revistas Playboy, os livros da autora chamavam a atenção, até porque traziam uma certa pornografia. Eram livros baratos e fáceis de comprar. Muito marmanjo adquiria", relembrou Tatiany. Para conhecer mais sobre a vida e obra de Cassandra Rios, assista o vídeo acima ou acesse o canal do Youtube da Fundação.
- "Vivemos em uma sociedade homofóbica em função de toda uma organização heteronormativa", disse João
Escritor participou de encontro on-line no dia 16/6 e relembrou acontecimentos do passado que marcaram sua vida e a luta da comunidade LGBTQIAP+ Mais um encontro on-line fez parte da programação da 40tena Cultural, desta vez no dia 16/06, com a presença do escritor e fundador do grupo "Somos de Liberação Homossexual" e do jornal "Lampião da Esquina", João Silvério Trevisan, no bate-papo "Luta e respeito a diversidade". A mediação foi do psicólogo Marcelo Augusto. Com 14 livros publicados (entre ensaios, romances e contos), João Silvério Trevisan relembrou como foi viver em um período de conservadorismo extremo. Em 1973 esteve em autoexílio por três anos fora do Brasil – na Califórnia (EUA), período de lutas e protestos estudantis contra a disseminação de informações falsas do vírus da AIDS. "Queria conhecer um pouco do que acontecia no mundo. Porque, aqui no Brasil, a esquerda era muito fechada", revelou. Três anos depois, de volta ao Brasil, Trevisan lembrou que nada havia mudado no País e que a situação havia se agravado. "Tive saudade do que eu tinha encontrado nos EUA: era uma comunidade LGBT que debatia o tempo todo, muito viva e consciente politicamente. Não tínhamos nenhum empecilho para discutir todos os temas que estavam ao alcance". Na época, segundo ele, não haviam espaços para discussões LGBT no Brasil e os únicos lugares onde a comunidade poderia se encontrar eram os parques, clubes, boates e saunas e, mesmo assim, com a possibilidade de ter invasão policial. "As discussões na época eram uma questão de sobrevivência. Não estávamos querendo ser heróis, nós precisávamos sobreviver", disse Trevisan que também é escritor de literatura ficcional, ensaística e infantojuvenil, além de coordenar oficinas literárias. Quem quiser acompanhar o bate-papo na íntegra com João Silvério Trevisan, o link do encontro está disponível no início do texto 👆🏻 e também em nosso canal do Youtube.
- Felipe Cabral, do canal "Eu Leio LGBT", participou do quadro Dicas de Leiturinhas
Felipe Cabral, criador do canal "Eu Leio LGBT, participou no dia 10 de junho da atividade "Dicas de Leiturinhas: livros LGBTQIAP+ para crianças". Ele, que também é escritor, ator, roteirista e compartilha dicas de livros com protagonismo LGBTQIAP+ em seu canal no YouTube, listou durante o bate-papo algumas obras, como "Meu maninho é uma menina", de João Paulo Hergesel; "A princesa e a costureira", de Janaína Leslão; e "Mãe não é uma só, eu tenho duas!", de Nanda Matheus e Raphaela Comisso. Segundo o escritor, as obras foram listadas porque apontam importantes visões para as crianças. "Uma princesa pode não gostar de um príncipe, mas sim de outra princesa. Que um menino que sempre se viu como uma menina, pode ser quem sempre foi. Que famílias não são apenas compostas por um pai e uma mãe. É muito lindo ler uma fábula de castelos e princesas com uma história de amor entre duas mulheres ou uma relação entre duas irmãs, em que uma delas é uma menina trans descobrindo sua própria identidade. Se ver nas histórias é se sentir pertencente ao mundo", destacou. O ator ressaltou ainda que é importante inserir a literatura LGBTQIAP+ na vida das crianças porque a literatura infantil tradicional traz histórias em que o príncipe se casa com a princesa e as famílias retratadas têm um pai e uma mãe. "Mas onde estão representadas as famílias com dois papais e duas mamães ou que um príncipe que se apaixona por outro príncipe?", questionou. Para Felipe Cabral, compartilhar as diversas composições familiares com as crianças é uma forma de naturalizar essas relações. "Temos que mostrar que família é amor, independente de qual seja sua formação. É ensinar o respeito à diversidade. É gerar o sentimento de empatia com o outro", alerta. O roteirista, que já escreveu para novelas como "Bom Sucesso" e "Totalmente Demais", confessa que sempre foi um leitor voraz das histórias da "Turma da Mônica", disse que nunca se viu representado em nenhuma história com personagens LGBTQIAP+. "Quando era criança, eu não conseguia elaborar o que estava sentindo. Talvez, se eu tivesse visto um personagem que passasse pelos mesmos conflitos internos que os meus, eu teria me identificado com ele e me aceitado mais rapidamente como um garoto gay", lembrou. Esse carioca de 35 anos que terá seu 1º romance, "O primeiro beijo de Romeu", lançado neste 2º semestre pela Galera Record, mostrou que essas histórias existem, são legais e diversas. "As pessoas reagem com surpresa quando descobrem esses livros infantis e correm para ler para seus filhos e filhas", concluiu. A atividade foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da Fundação. Para conferir todas as dicas de Felipe Cabral, o link do encontro está disponível no início do texto 👆🏻 e também em nosso canal do Youtube.

















